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Bruxelas prevê menos crescimento económico em Portugal e défice em 2026

por RTP
Reuters

A Comissão Europeia reviu em baixa as previsões para o crescimento da economia portuguesa este ano, para 1,8 por cento. No entanto, Bruxelas está agora confiante de que o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal vai crescer 2,2 por cento em 2026.

De acordo com as previsões divulgadas esta segunda-feira, o crescimento vai diminuir de 1,9 por cento em 2024 para 1,8 por cento em 2025, "à medida que a forte procura interna é compensada por contratempos na procura externa".

Enquanto as projeções para este ano representam uma revisão em baixa do PIB, as estimativas para o próximo ano são revistas em alta de 2,1 por cento para 2,2 por cento.

Segundo a estimativa rápida divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a economia portuguesa, nos primeiros três meses do ano, contraiu-se 0,5 por cento face ao trimestre anterior.

Além desta contração no início do ano, a economia portuguesa será também prejudicada pelas tensões comerciais com os Estados Unidos, após o Presidente dos EUA ter anunciado que iria aplicar tarifas adicionais.

"Embora a exposição direta de Portugal ao mercado americano seja relativamente limitada, os riscos de retrocessos indiretos significativos permanecem elevados e estão relacionados a interrupções e incertezas no comércio global", alerta a Comissão Europeia.

Apenas a possibilidade de um consumo interno mais positivo do que o esperado, tendo em conta uma possível mudança de gastos para bens produzidos internamente, poderia ajudar a compensar o alto nível de riscos externos, segundo as previsões de Bruxelas.

Estas projeções ficam abaixo das estimativas que o Governo de Luís Montenegro inscreveu no Orçamento do Estado para 2025, um crescimento de 2,1 por cento.

No que diz respeito ao excedente orçamental, a Comissão Europeia antecipa que Portugal irá conseguir 0,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. No entanto, Bruxelas prevê um défice de 0,6 por cento em 2026.

As previsões económicas de primavera divulgadas esta segunda-feira são mais pessimistas do que as inscritas no Orçamento do Estado para 2025 que apontava para um excedente de 0,3 por cento.

"A despesa corrente deverá continuar a crescer após medidas de política orçamental que aumentem os salários e as pensões da função pública", indica Bruxelas.

Quanto às receitas públicas, o crescimento deverá desacelerar, sendo que "medidas de política fiscal direta, como o alargamento do regime de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares para jovens, deverão pesar sobre as receitas fiscais".

Sobre a inflação em Portugal, a Comissão prevê que deverá desacelerar para 2,1 por cento este ano e dois por cento no próximo e projeta também uma queda na taxa de desemprego 6,4 por cento este ano e 6,3 por cento em 2026.

c/Lusa

 

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