Cabo Verde é bom para contratar talento, não só para estabelecer `startups`

O secretário de Estado da Digitalização de Cabo Verde considerou hoje que o arquipélago é um bom local para a contratação de talento e não apenas um destino para o estabelecimento de empresas de base tecnológica.

Lusa /
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"Nós vemos Cabo Verde não só como uma boa base para o estabelecimento de `startups`, mas [o objetivo é] também empresas de tecnologia recrutarem talento em Cabo Verde, para que fiquem no arquipélago; há empresas que trabalham para o resto do mundo a partir de Cabo Verde, a Europa também está à procura de talentos e os talentos podem trabalhar para empresas europeias a partir de Cabo Verde sem saírem do país", disse Pedro Lopes.

Em declarações à Lusa durante a Web Summit, que decorre esta semana em Lisboa, o governante disse que um dos objetivos da presença da delegação que lidera é "mostrar que Cabo Verde é um sítio de talento, onde se pode ir buscar talento africano", embora reconhecendo que o Governo está numa fase inicial de criação das condições para isso acontecer.

"Estamos numa fase de início do ecossistema, o objetivo é que as empresas terem visibilidade para fazerem negócio, não é o Estado que garante isso, é o mercado; nós só acompanhamos e ajudamos numa fase inicial", disse Pedro Lopes, acrescentando que tem havido nos últimos anos um empenho do Governo em criar uma "nação digital", e que uma das vertentes desse projeto é o patrocínio da participação das empresas nos encontros tecnológicos.

"Na Web Summit de 2018 trouxemos três empresas, hoje temos mais de 100 pessoas, somos a maior delegação africana e representamos a excelência africana", disse o governante, salientando também que "o digital encurta a distância entre os residentes e a diáspora".

Cabo Verde trouxe para a Web Summit mais de 25 empresas de base tecnológica nas áreas da tecnologia financeira, desenvolvimento de energias eólicas e cultura e entretenimento, entre outras.

"África é o continente do futuro, mas, para fazer negócios, façam-nos com africanos", disse Pedro Lopes durante a conferência de imprensa, na qual desafiou a diáspora a voltar para o país: "A diáspora não deve pensar em Cabo Verde só para férias, é tempo de as mentes brilhantes voltarem, agora que há infraestruturas, um parque tecnológico, boa conectividade, capacitação de jovens. Portanto, quando chegam têm todas as condições", concluiu.

MBA // JMC

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