Câmara de Lisboa estima 28,1 milhões de euros em Segurança e Proteção Civil para 2026

A proposta de orçamento municipal da Câmara de Lisboa para 2026, apresentada hoje pela liderança PSD/CDS-PP/IL, estima um investimento de 28,1 milhões de euros em Segurança e Proteção Civil, inclusive 8 milhões em obras nos quartéis dos bombeiros.

Lusa /

Prevê-se 1,4 milhões de euros (ME) para videoproteção, com mais 63 câmaras de videovigilância, assim como 8 ME em obras nos quartéis, 1 ME para fardamentos dos bombeiros e contratação de 80 bombeiros, anunciou o vice-presidente da câmara, Gonçalo Reis (PSD), na apresentação da proposta de orçamento municipal para 2026.

O responsável pelo pelouro das Finanças adiantou que na área da Segurança se pretende instalar mais duas sirenes no Sistema de Alerta Tsunami, bem como a aquisição de mais seis viaturas de proteção civil.

Nas despesas por área de atividade, o executivo estima para a rubrica de Segurança e Proteção Civil um investimento total de 28,1 ME no próximo ano, mais 10,2 ME do que os 17,9 ME previstos executar este ano.

A proposta de orçamento municipal para 2026 inclui ainda o investimento no Plano Geral de Drenagem de Lisboa, obra que Gonçalo Reis optou por não detalhar, por considerar que "é um tema muito técnico", remetendo para o vereador responsável pelo acompanhamento desta empreitada, Vasco Moreira Rato (independente indicado pelo PSD), que tem o pelouro do Urbanismo.

"Vamos entrar na reta final [da obra], isso está garantido", adiantou o vice-presidente da câmara, sem responder a questões sobre o atraso na empreitada do Plano Geral de Drenagem, nem sobre o investimento previsto executar no próximo ano.

O Plano Geral de Drenagem de Lisboa é considerado "a obra invisível" para proteger a cidade das alterações climáticas, inclusive com a resiliência a cheias e o reaproveitamento da água, em que inclui a construção de dois túneis, um entre Monsanto e Santa Apolónia, que já está concluído, e outro entre Chelas e Beato, que está em curso.

Na área do Urbanismo, em que se inclui o processo de revisão do Plano Diretor Municipal, a câmara prevê um orçamento para o próximo ano de 26,3 ME, superior aos 11,1 ME previstos executar este ano.

A proposta de orçamento municipal para 2026 tem ainda como foco a modernização, com um novo portal de serviços aos cidadãos, a fiscalização inteligente do espaço público, um novo sistema de gestão documental e uma nova plataforma de gestão urbanística, assim como o investimento de 1,1 ME em cibersegurança.

A liderança PSD/CDS-PP/IL na Câmara de Lisboa apresentou hoje a proposta de orçamento municipal para 2026, no valor de 1.345 ME, ligeiramente inferior aos 1.359 ME previstos para este ano, considerando-o, segundo o vice-presidente da autarquia, "equilibrado, seguro e ponderado".

Este é o primeiro orçamento municipal do atual mandato (2025-2029), proposto pela nova gestão PSD/CDS-PP/IL, sob presidência do reeleito Carlos Moedas (PSD), que continua a governar Lisboa sem maioria absoluta.

No anterior mandato (2021-2025), os quatro orçamentos da liderança PSD/CDS-PP (a IL não integrava o executivo municipal) foram aprovados devido à abstenção do PS, tendo a restante oposição - PCP, BE, Livre e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) - votado contra.

No orçamento municipal para este ano de 2025, a câmara estimou uma despesa de 1.359 ME, ligeiramente superior aos 1.303 ME previstos para 2024.

Atualmente, o executivo, que é composto por 17 membros, integra oito eleitos da coligação PSD/CDS-PP/IL, que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta. Na oposição estão quatro vereadores do PS, dois do Chega, um do Livre, um do BE e um do PCP.

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