Central elétrica na cidade brasileira de Manaus aposta no gás natural para reduzir emissões
Um grupo industrial finlandês anunciou na quarta-feira que vai converter uma central em Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas, para utilizar apenas gás natural, aumentando a produção elétrica e reduzindo as emissões poluentes.
Num comunicado, o Wartsila Corp diz que a substituição dos atuais cinco geradores, que utilizam gás natural e combustível, por novos geradores alimentados exclusivamente a gás natural, deverá estar concluída na primeira metade de 2021.
A transformação da central termoelétrica Cristiano Rocha vai aumentar a produção de 85 megawatts para 92 megawatts, reduzir os custos operacionais e diminuir em 10% o impacto ambiental, diz a empresa finlandesa.
Segundo o comunicado, a reconversão permitirá à central produzir menos 35 mil toneladas de dióxido de carbono por ano, "o equivalente à poluição produzida por cerca de 7.600 automóveis".
Será assim mais provável que o Governo brasileiro renove o acordo de compra de energia com a operadora da central, a Rio Amazonas Energia S.A. (RAESA), que termina em 2025, defendeu o Wartsila.
"Esta modernização abre caminho para transformar o nosso negócio num projeto mais viável a longo prazo", disse Edésio Nunes, diretor executivo da Multiner S.A., a companhia-mãe da RAESA, citado na mesma nota.
O contrato, assinado em Novembro de 2019, inclui um acordo a longo prazo para a manutenção do equipamento, sublinhou o Wartsila, grupo listado na bolsa Nasdaq de Helsínquia.