"CGD vai ficar confortável com os rácios de capital" - Faria de Oliveira
O presidente do conselho de administração da CGD, Faria de Oliveira, confia que o banco público ficará "confortável" com os rácios de capital exigidos pelas autoridades europeias, após o acionista Estado fazer um aumento de capital.
"A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai ficar confortável com os rácios de capital", disse hoje à agência Lusa o banqueiro, à margem da sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao BPN.
"Prosseguem as conversações com o acionista e com a `troika`", respondeu, depois de questionado sobre o prazo e o montante em causa do necessário aumento de capital, que visa dar uma resposta positiva ao rácio `core tier 1` de 9 por cento a atingir até ao final de junho, que é exigido pela Autoridade Bancária Europeia (EBA).
"A decisão [sobre o montante e o prazo da operação de reforço de capital] vai ser tomada pelo acionista [Estado], que é a quem compete", acrescentou.
Ao contrário dos bancos privados, a CGD não pode recorrer à linha de recapitalização de 12 mil milhões de euros disponibilizada pela `troika` no âmbito do pacote de ajuda financeira a Portugal.