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CNVM diz que proibição de vendas a descoberto no Liberbank "deu resultado"

por Lusa

Oviedo, 26 jun (Lusa) - O presidente da Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNVM) de Espanha considerou hoje que a proibição das vendas a descoberto das ações do Liberbank "deu resultado" porque tranquilizou um "mercado nervoso" com a queda do Banco Popular.

Durante um almoço com empresários das Astúrias, organizado pela Associação para o Progresso da Direção (APD), Sebastián Albella pediu para "não antecipar eventos" sobre a possibilidade de prolongar a medida para evitar a especulação em torno dos títulos do Liberbank.

A 12 de junho, a CNMV decidiu proibir durante um mês as vendas a descoberto dos títulos do Liberbank, que depois deste anúncio subiram quase 29% na bolsa de Madrid.

A decisão do regulador espanhol surge depois de as ações do banco terem sido afetadas nas sessões anteriores por uma elevada volatilidade sem que houvesse razões objetivas para isso.

Esta proibição quanto a operações especulativas sobre o Liberbank vai manter-se durante um mês, começando a contar a partir do momento da sua publicação e até 12 de julho de 2017, mas pode ser prolongada ou levantada antes dessa data.

Hoje, o presidente da CNVM garantiu que a instituição quer contribuir "para a tranquilidade e para a normalização" do mercado, ainda que "o normal é que os valores sejam negociados livremente".

Sebastián Albella apontou as diferenças entre o Liberbank e o Banco Popular, que acabou por ser comprado pelo preço simbólico de um euro pelo Santander, e disse que, no caso do Liberbank, "as razões são exógenas".

A queda do Banco Popular "viveu-se com dramatismo" na CNMV, mas "foi decidido não intervir" porque uma "medida temporária" como a que se adotou com o Liberbank não deu resultados.

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