O patrão era Horácio Roque, que em 1988 cria o Banco Internacional do Funchal. Mas a morte do fundador traz conflitos familiares e o Banif resiste mal à crise que afeta o país.

Em 2012 o banco tinha 98 por cento da atividade em Portugal e a recessão traz imparidades elevadas que contribuem para avolumar os prejuízos.

No início de 2013 o Estado injeta no banco 700 milhões de euros que têm de ser devolvidos até ao final de 2017. Há também um empréstimo de 400 milhões de euros, com um juro de 9 e meio por cento.

Deste valor falta devolver 125 milhões. Deviam ter sido pagos há um ano. Mas as ajudas do Estado e a falta no reembolso alertam a Direção Geral da Concorrência da Comissão Europeia para o cumprimento das regras comunitárias.

A Comissão referiu recentemente ter "as maiores dúvidas" de que o banco liderado por Jorge Tomé consiga pagar ao Estado os 700 milhões de euros - uma evolução que afundou o valor das ações do banco.

A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, o regulador da bolsa, considera que há informação suficiente sobre o banco e não suspendeu a negociação das ações.

Como cada acção do Banif caíu para um valor de 0,0008 euro