Confinamento. DECO e Google juntam-se para ensinar a usar a internet em segurança

Atualmente, com a pandemia e a imposição de medidas extremas de segurança sanitária, fazer compras passou a ser, para muitos, um quebra-cabeças. A internet veio abrir outras formas de levar esta missão a bom porto. Mas "não há bela sem senão": a segurança online é um dos principais problemas.

A pensar na segurança dos consumidores, a DECO Proteste associou-se à internacional Google para a criação de um projecto, de nome Net & Siga, que reúne informações sobre como fazer compras online, usar as redes sociais, os serviços bancários ou os serviços do Estado na internet. De forma segura.

Tito Rodrigues, relações públicas da DECO Proteste, descreve este programa como um local onde se pode recolher dicas e informações úteis sobre os cuidados que os consumidores devem ter ao utilizarem a internet, para evitar a fraude online. E explica o porquê de se associarem à Google.

“Quando pensamos do mundo online, é difícil fugirmos deste grande gigante tecnológico e de facto quisemos ligar a nossa expertise com a tecnológica da Google e maximizar os conhecimentos e as matérias que são abordadas neste site, de forma muito simples para que as pessoas possam absorver esta informação”.

Insegurança afastava 23% das compras na internet em 2020
Um estudo europeu, divulgado em janeiro do ano passado, revelava que 23 por cento dos portugueses não faziam compras na internet por desconfiarem da segurança dos pagamentos online.

No geral, cerca de 30 por cento dos portugueses nunca tiveram acesso à internet, com mais incidência nas áreas rurais, e a faixa etária com mais de 50 anos é das que menos a utilizam.

Os dados colocam Portugal abaixo da média europeia na utilização da internet (27% contra os mais de 45% de média na Europa) e levam a que seja o Estado-membro mais reticente neste tipo de transações na União Europeia.
À RTP, o relações públicas da DECO Proteste, Tito Rodrigues, refere que existe ainda muita iliteracia neste campo e, por desconhecimento ou desleixo, muitos dos utilizadores acabam por ter as salvaguardas e palavras-passe muito a desejar.

“Por muito que todos saibamos que palavras-passe, como 123456, não são seguras, a verdade é que - dados recebidos por parte da Google - continua a ser uma password que é utilizada por uma larga maioria das pessoas”, explica.
No atual contexto de pandemia, as compras online aumentam e são uma mais-valia em pleno confinamento. As vantagens da utilização da internet superam os perigos, desde que sejam tomadas as devidas precauções.

Esta parceria com a Google, segundo Tito Rodrigues, tem como objetivo ”reforçar a literacia digital junto dos portugueses com mais de 50 anos, que, no meio desta corrente pandémica, se viram forçados a uma acelerada conversão ao digital, procurando entregar-lhes ferramentas para que possam tirar o máximo partido da internet”.

Aumentam burlas, fraudes e tentativas de extorsão
No primeiro confinamento, em março de 2020, aumentaram as mensagens com esquemas fraudulentos, muitas destas relacionadas com promessas de cura do novo coronavírus.

É possível que, durante este novo confinamento, voltem a surgir esquemas a promover campanhas de angariação de fundos para combate à doença, testes de despiste da Covid-19, plataformas de informação sobre a evolução da pandemia, campanhas de vacinação comparticipadas pelo Serviço Nacional de Saúde ou redução no preço da água, do gás e da luz, remetendo para um documento no portal das Finanças. 


Para evitar burlas, a DECO Proteste continua a recomendar sete regras essenciais:

  • - Seja por e-mail, WhatsApp ou sms, apagar sempre mensagens escritas com erros ortográficos ou gramaticais;
  • - Desconfiar de mensagens escritas noutros idiomas, sobretudo vindas de organismos oficiais. Estes comunicam sempre em português de Portugal;
  • - Nunca clicar no link enviado. É preferível copiá-lo e colá-lo na caixa de pesquisas do Google para encontrar informação sobre o eventual esquema;
  • - Desconfiar sempre de curas ou soluções milagrosas. Provavelmente é fraude;
  • - Confiar apenas em comunicações de organismos oficiais, como a Direção-Geral da Saúde e o Ministério da Saúde;
  • - A oferta de bens de primeira necessidade, como máscaras, gel desinfetante ou até papel higiénico, costuma ser esquema fraudulenta;
  • - Os endereços que remetem para formulários de levantamento de dados pessoais também são de suspeitar. Pode ser um esquema para recolher dados que permitirão aceder às credenciais de acesso ao e-mail ou ao homebanking.
A segurança online é algo imprescindível e tem de estar consciente em cada utilizador. Seguranças que são necessárias em todos os equipamentos com acesso à internet, seja o smartphone, o computador ou o mesmo o router.

Saiba mais para garantir a proteção dos diferentes equipamentos na página electrónica que a DECO Proteste e a Google criaram em www.netesiga.pt.