António Pinto Rodrigues disse hoje à Lusa que o hotel significou um investimento de cerca de três milhões de euros, comparticipado pela União Europeia através do Feder e pelo Estado português através do programa Prime.

A estimativa inicial era de 2,5 milhões de euros, sendo a "derrapagem" financeira explicada pelas novas exigências da legislação em relação ao sistema de ar condicionado e às questões de segurança.

Do projecto de reconversão do antigo convento em hotel rural, a executar pela empresa Bascol, destaca-se a preservação do claustro, quarto da torre, cozinha e adega, na qual serão instalados o restaurante e três bares.

O Hotel Rural Convento dos Capuchos incluirá piscina, SPA com sauna, banho turco, hidromassagem e ginásio, campo de ténis e mini-golfe.

Estará ainda dotado de sala de reuniões, conferências, exposições e banquetes, parque infantil, eira, espigueiro e percursos pedonais, de manutenção e de desportos de aventura.

Além da reabilitação do antigo edifício, foram construídos dois novos módulos de apoio com ligação ao primeiro.

O Convento dos Capuchos foi erigido em meados de 1500 no centro de Monção, tendo inicialmente sido utilizado por freiras franciscanas e, mais tarde, por frades capuchos.

Em 1834, por decreto régio, foi extinta a Ordem de Nossa Senhora da Glória dos Religiosos de Santo António da Província de Monção, passando o imóvel a ter várias utilizações laicas, nomeadamente escola, tribunal e habitação familiar.

Depois de pertencer à família do Barão de S. Roque, o edifício foi comprado, em Maio de 1905, por José António de Azevedo Rodrigues, avô dos actuais proprietários.