Conversa Capital com Eduardo Oliveira e Sousa

por Antena1/Jornal de Negócios

Rosário Lira (Antena1) e Celso Filipe (Jornal de Negócios) entrevistam o novo presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal.

Estratégia
O novo presidente da CAP pede que a agricultura seja considerada como um setor estratégico para o pais.
Na primeira entrevista desde que assumiu o cargo no dia 19 de abril, Eduardo de Oliveira e Sousa, refere que "o setor precisa de sentir que há uma estratégia para o pais definida de cima a abaixo que transmite confiança e orientação".

Florestas
Dá como exemplo de áreas prioritárias o regadio e a reforma das florestas. Para o novo presidente da CAP não faz sentido que a gestão da floresta seja dividida pelos 278 concelhos! Adianta que o Conselho Económico e Social "está preocupado" e "vai emitir um parecer".

Fundos
Eduardo de Oliveira e Sousa denuncia ainda a situação de paralisia que se vive na atribuição dos fundos comunitários ao sector. Revela que há projetos com 2 anos de atraso e pede ao ministro da Agricultura, com quem ainda não reuniu, que o assunto seja "objeto de uma medida rápida".


"A seca veio para ficar.
Daqui a um mês, os animais vão começar a passar mal nas zonas de pastoreio.
A campanha de cereais de inverno está comprometida."


Seca
Relativamente à situação de seca que se vive em Portugal, o presidente da CAP traça um cenário mais grave do que aquele que é divulgado pelo Instituto do Mar e da Atmosfera.
Eduardo de Oliveira e Sousa considera que "a seca veio para ficar" e que no que toca à agricultura, "Portugal está a viver um período de seca permanente". Por isso defende que para ter interesse económico a agricultura tem de ter regadio e maior capacidade de armazenamento de água quando chove.

Pastoreio
Quanto aos efeitos da seca que se registou em Abril, a pior dos últimos anos, Eduardo de Oliveira e Sousa denuncia que as reservas de forragem para os animais estão a acabar, "daqui a um mês os animais estão a passar mal nas áreas de pastoreio".

Sequeiro
As culturas de sequeiro, dos cereais de inverno também estão comprometidas e Portugal vai registar os piores valores de produção dos últimos 30 anos.

Medidas
Dai que a Associação Nacional de Produtores de Cereais já tenha pedido ajuda ao ministro para introduzir algumas medidas que possam reduzir o problema.
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