No dia em que os candidatos do PS e da CDU à Câmara Municipal do Porto criticaram o encerramento daquelas estações.

Numa concentração hoje frente à estação dos CTT da Rua Ferreira Borges, a única no centro histórico do Porto e incluída na lista das que vão encerrar, Manuel Pizarro (PS) considerou esta decisão "uma vergonha sem nome", enquanto para Pedro Carvalho (CDU) o fecho de estabelecimentos postais está relacionado com "uma estratégia de privatização que começou ainda no tempo do Governo de José Sócrates".

A ideia, diz, é "reduzir custos para entregar serviço aos privados".

Em resposta, os CTT afirmam que esta decisão "é consequência do sobredimensionamento da oferta dos CTT na cidade, particularmente expressiva nas freguesias de Lordelo do Ouro, São Nicolau e São Roque".

Entre 2007 e 2011, diz a empresa, o número de clientes que visitaram as estações de correio destas três freguesias, cujo serviço postal será transferido para as restantes 26 lojas, baixou 40,0% em Lordelo do Ouro, 33,5% em São Nicolau e 45,5% em São Roque.

Em comunicado, Miguel Morgado, dos CTT, afirmou que "todos os serviços postais continuarão disponíveis, incluindo os pagamentos de vales de prestações sociais, a cobrança de faturas e a receção de objetos registados e encomendas, entre outros".

O representante dos Correios de Portugal acrescentou ainda que "todos os trabalhadores destas estações manter-se-ão em atividade, noutras lojas", e que esta transferência não vai afetar a distribuição.

"A entrega de correio pelos carteiros continuará a ser feita como habitualmente", explica.

"A oferta do grupo CTT no Porto continuará a compreender um número significativo de balcões: 16 Estações de Correio (lojas próprias dos CTT); 10 Postos de Correio (lojas exploradas por parceiros), que passarão a 11 depois de aberto São Roque; 110 postos de venda de selos; e 175 agentes Payshop", conclui o comunicado.