Despesa pública de Macau recua 1,8% até agosto devido a queda nos apoios sociais

A despesa pública de Macau caiu 1,8% nos primeiros oito meses, em comparação com o mesmo período de 2024, foi hoje anunciado, devido a um decréscimo nos apoios e subsídios sociais.

Lusa /
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De acordo com dados publicados `online` pela Direção dos Serviços de Finanças (DSF), a região administrativa especial chinesa gastou até agosto 57,5 mil milhões de patacas (6,14 mil milhões de euros).

A despesa pública diminuiu sobretudo devido a uma queda de 4,4%, em termos anuais, nos gastos em apoios e subsídios sociais, que ficaram perto de 31 mil milhões de patacas (3,31 mil milhões de euros).

Isto apesar de, no início de julho, o Parlamento de Macau ter aprovado uma proposta do Governo para aumentar em 2,86 mil milhões de patacas (305 milhões de euros) nas despesas previstas no orçamento, para reforçar os apoios sociais.

A revisão inclui a criação de um subsídio, no valor total de 54 mil patacas (cerca de 5.800 euros), para as crianças até 3 anos, para elevar a mais baixa natalidade do mundo.

Também os gastos com o Plano de Investimentos e Despesas da Administração caíram 2,4%, para menos de 11 mil milhões de patacas (1,17 mil milhões de euros).

Em sentido contrário, as despesas com pessoal aumentaram 3,4%, atingindo 3,14 mil milhões de patacas (334,9 milhões de euros).

Ao invés da despesa, a receita corrente de Macau subiu 3,4% nos primeiros oito meses do ano, para quase 72 mil milhões de patacas (7,68 mil milhões de euros).

A principal razão para o aumento foi um acréscimo de 5,3%, para 61,9 mil milhões de patacas (6,6 mil milhões de euros), nas receitas dos impostos sobre o jogo -- que representam 86% do total.

As seis operadoras de jogo da cidade pagam um imposto direto de 35% sobre as receitas do jogo, 2,4% destinado ao Fundo de Segurança Social de Macau e ao desenvolvimento urbano e turístico, e 1,6% entregue à Fundação Macau para fins culturais, educacionais, científicos, académicos e filantrópicos.

As receitas totais dos casinos de Macau ultrapassaram 163 mil milhões de patacas (17,4 mil milhões de euros) nos primeiros oito meses do ano, mais 7,2% do que no mesmo período de 2024.

Em 15 de abril, o líder do Governo da região, Sam Hou Fai, admitiu recear um défice orçamental em 2025, devido a uma desaceleração na recuperação das receitas do jogo, ainda aquém dos níveis atingidos antes da pandemia de covid-19.

Ainda assim, Macau terminou agosto com um excedente nas contas públicas de 14,9 mil milhões de patacas (1,59 mil milhões de euros), mais 30,4% do que no mesmo período do ano passado.

Este valor já é mais do dobro da previsão inicial do Governo para todo o ano de 2025: 6,83 mil milhões de patacas (729 milhões de euros).

Macau fechou 2024 com um excedente de 15,8 mil milhões de patacas (1,69 mil milhões de euros), mais do dobro do registado no ano anterior.

 

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