Dívida da EDP deverá baixar para 15.000 milhões até 2028
A dívida líquida da EDP deverá reduzir para cerca de 15.000 milhões de euros até 2028, menos 1.000 milhões face a 2026, segundo o plano estratégico para 2026-2028 hoje divulgado.
De acordo com a empresa, a dívida líquida deverá situar-se em cerca de 16.000 milhões de euros em 2025 e 2026, descendo para 15.000 milhões em 2028, "reforçando o balanço, sustentado por investimento disciplinado e geração robusta de `cash flow`".
No anterior plano estratégico, apresentado em 2023, a EDP previa um aumento da dívida de 13.000 para 17.000 milhões de euros até 2026. O novo ciclo aponta, assim, para uma trajetória de redução e reforço da solidez financeira.
O grupo prevê também uma melhoria dos indicadores financeiros, com o rácio FFO/Dívida Líquida - que mede a capacidade da empresa de gerar fluxos de caixa suficientes para pagar a sua dívida - a aumentar de cerca de 19% em 2025 para 22% em 2028, apoiando a manutenção da classificação de crédito "BBB", que indica que a empresa tem uma boa capacidade de cumprir as suas obrigações financeiras, embora com algum risco moderado.
O plano contempla igualmente cerca de 5.000 milhões de euros em encaixes financeiros provenientes de operações de rotação de ativos, que deverão gerar ganhos médios anuais de 200 milhões de euros, bem como 1.000 milhões em alienações adicionais durante o período, libertando capital para investimento nos principais mercados de crescimento.
A EDP registou um lucro de 952 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, menos 12% face a igual período de 2024, com os resultados a serem penalizados pela diminuição das mais-valias obtidas com os ativos que detém. Sem este efeito, a elétrica teria registado um crescimento dos resultados.
O resultado líquido recorrente - que exclui efeitos extraordinários - atingiu 974 milhões de euros, mais 5% em termos homólogos, beneficiando do aumento da capacidade renovável e do bom desempenho das redes de eletricidade em Portugal e Espanha.