Numa carta enviada aos fundadores da empresa norte- americana YouTube, Chad Hurley e Steve Chen, em nome de 23 empresas de entretenimento japonesas, a sociedade pede que o YouTube introduza um sistema de visualização prévia dos conteúdos para impedir que sejam partilhados conteúdos protegidos.

Muitos dos vídeos partilhados no YouTube são de produção doméstica, mas estão on-line muitos ficheiros protegidos por direitos de autor partilhados por utilizadores individuais.

O YouTube, por norma, remove os vídeos que violem os direitos de autor, mas apenas depois de receber queixas.

No mês de Novembro, o YouTube removeu cerca de 30 mil ficheiros após denúncia da sociedade japonesa.

Na carta, a Sociedade Japonesa de Direitos de Autor, Compositor e Editor insiste em que o problema persiste e que o actual sistema de remover vídeos sob denúncia não é o mais adequado, porque os uploads prosseguem em massa.

A mesma carta sugere a adopção de medidas preventivas como a publicação de um aviso em japonês sobre os uploads ilegais, obrigar a um registo de utilizadores, a monitorização dos ficheiros que partilham e encerrar as contas de cibernautas que partilham conteúdos protegidos por lei.

Os japoneses pedem ao YouTube uma resposta até 15 de Dezembro.

O YouTube está a tentar estabelecer parcerias com várias empresas de entretenimento, como a CBS, Warner Music, Universal Music e Sony, para disponibilizar conteúdos protegidos de forma legal em troca da partilha de receitas publicitárias.

O YouTube, que foi comprado pelo Google em Outubro por 1,3 mil milhões de euros, lançou o serviço de partilha de vídeos em Fevereiro de 2005 e até hoje tem disponíveis 100 milhões de vídeos por dia.

Até Agosto visitavam o site 72,1 milhões de cibernautas, uma subida de 2,8 milhões desde Agosto de 2005.