Até 2012, o projeto-piloto terá o investimento de 10 milhões de reais (4 milhões de euros) numa série de medidas para aumentar a eficiência energética, como a medição inteligente em todas as casas, a adoção de lâmpadas de LED na iluminação pública, a micro-produção com fontes renováveis e a mobilidade eléctrica, entre outras ações.

A expetativa é que o projeto reduza os custos de operação da EDP Brasil na cidade em que o InovCity será implantado, pois a maior parte da gestão da rede inteligente poderá ser feita à distância, além de reduzir as perdas. Além disso, o consumo de energia tende a diminuir, já que os consumidores terão mais controlo sobre seus gastos.

Segundo o presidente da EDP Brasil, António Pita de Abreu, a ideia é que o projeto seja ampliado para outras cidades da área de concessão da EDP Bandeirante.

Isso depende, no entanto, da regulamentação das redes inteligentes no Brasil e da resposta do consumidor brasileiro. De acordo com Pita de Abreu, é preciso que haja uma redução significativa no consumo para justificar a ampliação do projeto.

O projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) é o espelho da experiência executada pela EDP na cidade portuguesa de Évora. No entanto, foi necessário adaptar toda a tecnologia às especificidades de padrões e regras do Brasil.

"Nos seus conceitos e na sua essência, os dois projetos são iguais, mas as soluções tecnológicas são adaptadas às realidades específicas de cada país", afirmou o presidente da EDP Bandeirante, Miguel Setas.

Para a implantação do InovCity de Aparecida, a EDP Brasil desenvolveu uma medidor eléctrico inteligente próprio, em conjunto com a ECIL Informática. O equipamento foi o primeiro a ser homologado pelas autoridades brasileiras.