O valor do acordo é 1,4 mil milhões de dólares e poderá chegar a três mil milhões de dólares, caso todas as opções e direitos de compra sejam confirmados, segundo um comunicado da empresa.

"Estamos realmente felizes com a perspectiva de ter, em breve, o Embraer 195, um avião fabricado no Brasil, voando no Brasil com uma empresa aérea do Brasil", disse o presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado.

Comandada por David Neeleman, ex-presidente da norte-americana Jet Blue, a nova empresa brasileira para voos domésticos já registou pedido para a obtenção das licenças junto às autoridades aeronáuticas e lançará em breve uma campanha de "marketing" para divulgação do nome e da marca.

Segundo o empresário, o Embraer 195 apresenta custos competitivos por assentos e por viagens, mesmo com um número menor de passageiros, em relação aos demais modelos oferecidos no mercado.

"Pelo facto de conseguirmos obter resultados positivos com menos passageiros, poderemos estabelecer serviços lucrativos, sem escalas, entre várias cidades, bem como um número maior de frequências entre elas", salientou.

Com autonomia de mais de 4.000 quilómetros, o modelo 195 da Embraer será configurado em classe única, com capacidade para 118 passageiros numa cabina, com dois assentos em couro de cada lado do corredor.

Um sistema de entretenimento de última geração, com canais de vídeo em directo e ecrãs individuais, estará disponível para que cada passageiro possa seleccionar a programação de sua preferência, sublinha-se no comunicado.

A 31 de Dezembro de 2007,a Embraer contava com 23.734 empregados e sua carteira de pedidos firmes totalizava 18,8 mil milhões de dólares.

No ano passado, a fabricante brasileira Embraer entregou 169 jactos, o maior número de aeronaves entregues em apenas um ano na história da companhia.

A estimativa da fabricante é entregar, em 2008, entre 195 e 200 jactos para os segmentos comercial, executivo e de defesa.

A Embraer é, em consórcio com a EADS, o maior accionista da portuguesa OGMA, detendo ambos 65 por cento do capital daquela empresa portuguesa, instalada em Alverca, nos arredores de Lisboa.

O Estado português detém os restantes 35 por cento da OGMA, através da "holding" Empordef.

MAN.

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