Constantino Júnior salientou que a Gol poderá adquirir aviões da Varig que eventualmente deixem de operar, na sequência da grave crise financeira da companhia.

"O nosso objectivo é minimizar qualquer situação negativa na indústria. Preocupamo-nos em manter a credibilidade do sector", disse o presidente da Gol, durante a apresentação dos resultados do primeiro trimestre de 2006.

Constantino Júnior avançou igualmente que a Gol está a solicitar junto das autoridades brasileiras do sector algumas rotas aéreas em que a Varig está a deixar de operar.

O responsável disse ainda que a Gol poderá transportar passageiros da Varig, na hipótese de uma falência da empresa aérea.

No primeiro trimestre de 2006, a Gol registou um lucro de 160,67 milhões de reais (61,09 milhões de euros), um aumento de 42,9 por cento em relação a igual período do ano passado.

O aumento nos lucros foi resultado do maior número de aviões e da oferta de voos da Gol no período, salientou a empresa em comunicado.

O resultado é também consequência da crise da Varig, o que tem feito com que as empresas TAM e Gol aumentem as suas cotas de mercado.

Nos três primeiros meses, a Gol iniciou a operação de 55 novos voos diários, sendo quatro internacionais, nomeadamente para Argentina (Córdoba e Rosário), Uruguai e Paraguai.

A TAM ainda não divulgou os seus resultados dos três primeiros meses de 2006, enquanto a Varig até ao momento não divulgou sequer os resultados de 2005.