ENI passa de lucros a perdas de 7.838 ME até setembro penalizada pela pandemia

por Lusa

A petrolífera italiana ENI anunciou hoje perdas de 7.838 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, devido à pandemia de covid-19, depois de no mesmo período do ano passado ter registado lucros de 2.039 milhões.

De acordo com os resultados dos primeiros nove meses e do terceiro trimestre de 2020 hoje divulgados pelo grupo, o seu resultado operacional ajustado entre janeiro e setembro deste ano foi de 1.410 milhões de euros, o que corresponde a uma queda de 79%.

A petrolífera não divulgou os valores do EBIT (lucro antes de juros e impostos) nem do EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), mas a sua faturação foi de 32.356 milhões de euros nos primeiros nove meses, isto é, menos 40%, face aos 53.666 milhões registados em 2019.

Já os investimentos líquidos atingiram 3.760 milhões de euros naquele período, uma redução de 33%.

Em 30 de setembro, o grupo apresentava uma dívida líquida de 19.850 milhões de euros, mais 2.700 milhões que em 31 de dezembro de 2019.

A ENI publicou também os resultados do terceiro trimestre, que mostram um prejuízo de 503 milhões de euros, face aos 532 milhões do mesmo período do ano passado.

O resultado operacional ajustado do terceiro trimestre foi de 540 milhões de euros, uma descida de 75%, e as receitas foram de 10.326 milhões, menos 38% face aos 16.686 milhões do terceiro trimestre de 2019.

Em julho, a Eni já tinha anunciado perdas de 7.335 milhões de euros no primeiro semestre de 2020, o período mais difícil da história do setor devido às tensões pandémicas e geopolíticas, disse o presidente executivo da petrolífera, Claudio Descalzi.

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