"É verdade que não há nenhuma diminuição nem nenhum corte relativamente ao total das dívidas" nos créditos para comprar casa, apontou esta noite o ministro das Finanças, Fernando Medina, no Telejornal quando questionado sobre um eventual "perdão" dos atuais juros.
Adicionalmente, o ministro das Finanças sublinhou que o Governo pretende que "os bancos tenham de oferecer uma proposta em que nos próximos dois anos - é preciso pagar juros - [e também parte do] capital desses dois anos pode ser transferido a partir de seis anos para a frente", pensando-se que nessa altura as previsões apontam para que as taxas de juro estejam mais baixos.
Empurrar com a barriga?
Questionado sobre se estas medidas se destinam a adiar um problema financeiro com que as famílias se confrontam atualmente no pagamento das prestações da casa, o responsável máximo da finanças portuguesas rejeitou a ideia.
"Não é. (...) Nós fomos muito cautelosos com esta medida. Não estamos a dizer que há uma moratória em que durante dois anos não se pagam prestações", afirmou Fernando Medina.
"Atirar para o futuro um encargo seria uma irresponsabilidade fazê-lo", sustentou o governante, acrescentando que "esta medida destina-se a dar estabilidade às famílias nas taxas de juros durante dois anos".
O pagamento que fica por fazer acontecerá depois num momento em que "as taxas de juro estarão muito mais baixas", acredita Medina.