Segundo a professora Leila Rodrigues, coordenadora do projeto, durante dois dias os pratos alimentares servidos na escola serão confecionados à base de beldroegas e flores comestíveis, para que os alunos "pensem nessas plantas com outros olhos".

"A beldroega já é cultivada no Alentejo e Algarve, mas aqui tem pouca expressão", salientou a investigadora, que considera existir nestas plantas "um potencial de mercado muito interessante".

Na quarta-feira e quinta-feira, os estudantes vão degustar novos sabores de carne, peixe e sobremesas confecionadas com beldroegas.

Ainda na quarta-feira, a ESAC lança o livro "Beldroega: Um projeto da sala de aula para a mesa da refeição", da autoria de Leila Rodrigues e do cozinheiro do refeitório António Neves, dos Serviços de Ação Social do Instituto Politécnico de Coimbra.

A coordenadora do projeto frisou que as flores comestíveis - em que se incluem plantas como o amor-perfeito, chicória, borragem, calêndula, dente de leão e damascena - são também um "nicho de negócio pouco explorado em Portugal".

Além do valor nutricional, Leila Rodrigues entende que, dadas as ótimas condições climáticas de Portugal, este produto poderia ser produzido em escala e exportado, uma vez que é bastante utilizado em restaurantes "gourmet".