Eslovénia é o 13º país da Zona Euro
A Eslovénia troca hoje a sua divisa nacional (tolar) pela moeda única europeia, tornando-se o 13º país da União Europeia a aderir à Zona Euro, que comemora no mesmo dia o oitavo aniversário.
A pequena ex-república jugoslava é o primeiro dos 10 mais recentes Estados da UE, que aderiram em 2004, a adoptar a moeda única europeia. Um euro vai valer 239,54 tolares eslovenos.
Depois da Grécia, que substituiu a dracma pelo euro em 2001, a Eslovénia protagoniza o segundo alargamento da Zona Euro (União Económica e Monetária europeia), que foi fundada há oito anos, a 01 de Janeiro de 1999 por 11 países da UE, entre os quais Portugal. A Zona Euro foi efectivamente criada no início de 1999, com a criação do Banco Central Europeu (BCE) e a aprovação de paridades fixas da divisa única face às moedas nacionais dos 11 países fundadores, mas as notas e moedas do euro apenas foram colocadas em circulação a 01 de Janeiro de 2002, três anos depois.
Com dois milhões de habitantes, a Eslovénia vai juntar-se a Portugal, Alemanha, França, Itália, Espanha, Finlândia, Dinamarca, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Áustria e Grécia, aumentando para 316,6 milhões de habitantes a população coberta pela Zona Euro.
O nível de riqueza relativa da Eslovénia (Produto Interno Bruto medido em paridades de poder de compra face ao médio na UE) é crescente e já muito superior ao de Portugal: nos últimos três anos, passou de 77 por cento, em 2003, face ao médio europeu, para 80, em 2004, e 82 por cento, em 2005, contra uma regressão em Portugal, no mesmo período, de 73 para 71 por cento.
Devido ao seu sólido crescimento económico e à evolução positiva dos seus principais indicadores macroeconómicos, o país é considerado um "aluno exemplar" desde que aderiu à UE a 01 de Maio de 2004, juntamente com outros sete ex-países comunistas do Leste europeu e as ilhas mediterrânicas de Chipre e de Malta.
Em pouco mais de dois anos, a Eslovénia conseguiu cumprir as exigentes condições (critérios de convergência macroeconómica) de entrada no euro: estabilidade de preços, taxas de juro de longo prazo próximas das dos países com melhores resultados em matéria de inflação, défice orçamental anual igual ou inferior a 03 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, dívida pública não superior a 60 por cento do PIB ou em regressão sustentada e estabilidade das taxas de câmbio da moeda nacional nos mercados internacionais.
Dos restantes nove recentes Estados da UE, apenas Chipre e Malta estão bem colocados para aderir em breve à União Económica e Monetária, admitindo-se que tal aconteça em 2008, caso entretanto cumpram a totalidade dos critérios de convergência.
Os três outros que pareciam bem posicionados para uma adesão rápida, as ex-repúblicas bálticas da antiga União Soviética - Lituânia, Letónia e Estónia - só deverão aderir por volta de 2010, sobretudo por estarem ainda longe de cumprir o critério da estabilidade de preços (inflação).
Três dos países da ex-UE a 15 - Reino Unido, Dinamarca e Suécia - permanecem fora do euro por vontade própria, embora cumpram todas as condições exigidas.
A Eslovénia tem uma extensão de 20.273 km2 (pouco mais de um quinto de Portugal) e fica situada na Europa Central meridional, a leste dos Alpes, fazendo fronteira com Itália, Áustria, Hungria e Croácia.