A moeda única bateu ao início da manhã nos 1,4738 dólares, com uma valorização de 26 por cento face ao valor com que se estreou no mercado (1,17 dólares), em Janeiro de 1999, e atingindo o seu valor mais elevado desde essa altura.

A justificar esta valorização do euro está a expectativa de que o abrandamento económico nos EUA leve a Reserva Federal norte-americana a reduzir novamente as taxas de juro, já em Dezembro, ao mesmo tempo que o Banco Central Europeu (BCE) tem dado sinais de querer esperar por mais informações para mexer no preço do dinheiro.

Esta é já a quinta semana consecutiva de quedas do dólar, o que representa o período mais longo de quedas desde Julho último.

A Morgan Stanley reviu quinta-feira em alta a sua previsão de do euro contra o dólar devido à expectativa de abrandamento económico nos EUA.

No final do ano, a Morgan Stanley antecipa que um euro valha 1,51 dólares, valor que compara com os 1,42 dólares previstos anteriormente.

A moeda física de euro chegou às mãos das pessoas em Janeiro de 2002, depois de três anos de vida apenas nos mercados cambiais.

Os seus primeiros anos de vida, entre 1999 e 2001, foram de desvalorização, não antecipados pelos analistas, num período em que o forte desempenho da economia norte-americana, face a taxas de crescimento da Zona Euro mais modestas, ajudou a divisa do outro lado do Atlântico.

Inicialmente, muitos especialistas disseram que a redução do euro reflectia a fraqueza política da União Europeia, e o BCE foi sucessivamente acusado de falta de determinação quando comparado com a Reserva Federal norte-americana.

Em 2002, a moeda única iniciou uma tendência de subida até princípio de 2005, ano em que corrigiu ligeiramente em baixa, para em 2006 regressar novamente aos ganhos.

Em 2005 o euro perdeu quase 13 por cento do seu valor contra o dólar, com a maior queda desde 1999 (altura em que foi lançado no mercado), mas 2006 e 2007 foram novamente anos de recuperação do euro.