Exportações sobem 1,9% e importações 6,5% até setembro
As exportações de bens aumentaram 14,3% e as importações subiram 9,4% em setembro, em termos homólogos, acumulando um crescimento de 1,9% e 6,5% desde o início do ano, divulgou hoje o INE.
Como resultado desta evolução, o défice da balança comercial de bens diminuiu 59 milhões de euros em setembro face ao mesmo mês de 2024 e 401 milhões relativamente a agosto, situando-se nos 2.588 milhões de euros, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE).
No entanto, quando excluídas as transações sem transferência de propriedade (TTE), o défice da balança comercial de bens totalizou 3.014 milhões de euros, refletindo agravamentos de 645 milhões em termos homólogos e de 155 milhões face ao mês anterior.
Já no acumulado dos primeiros nove meses do ano, o défice acumulado ascendeu a 23.998 milhões de euros, mais 4.058 milhões em termos homólogos. Excluindo as transações TTE, o défice da balança comercial de bens totalizou 24.076 milhões de euros, 3.399 milhões acima do período homólogo.
Quando excluídas estas transações, as exportações recuaram ligeiramente (-0,6%) até setembro (+0,1% no mesmo período de 2024), enquanto as importações subiram 3,9% (-0,2% nos primeiros nove meses de 2024).
Considerando apenas o mês de setembro e excluídas as transações TTE, registaram-se acréscimos em ambos os fluxos, embora de menor magnitude nas exportações (+3,6%) e maior nas importações (+10,1%), o que compara com -5,9% e -2,0%, pela mesma ordem, em agosto.
Excluindo os "combustíveis e lubrificantes", as exportações aumentaram 15,4% em setembro (+0,8% em agosto de 2025), refletindo uma diminuição nas transações desta categoria de produtos (-3,4%).
Segundo o INE, em setembro, os índices de valor unitário (preços) continuaram a registar variações negativas, embora menores do que no mês anterior: -1,2% nas exportações e -2,1% nas importações (-1,7% e -2,9%, respetivamente, em agosto de 2025; -0,5% e -4,2% em setembro de 2024, pela mesma ordem).
Excluindo os produtos petrolíferos, a variação destes índices foi também negativa: -0,4% (o mesmo valor em agosto de 2025; -0,1% setembro de 2024) nas exportações e -1,1% (-1,5% em agosto de 2025; -3,0% em setembro de 2024) nas importações.
Em cadeia, as exportações aumentaram 42,3% em setembro (-27,3% em agosto de 2025), enquanto as importações subiram 21,7% (-22,1% em agosto).
Já considerando o terceiro trimestre de 2025, as exportações diminuíram ligeiramente face ao período homólogo (-0,3%; -5,0% no trimestre terminado em agosto de 2025), sem diferenças significativas quando excluídas as TTE (-0,9%, no trimestre terminado em agosto).
Por sua vez, as importações aumentaram 5,4% em relação ao período homólogo (+3,7% no trimestre terminado em agosto), sendo que, excluindo as transações TTE, o aumento das importações neste período foi menor, de 3,1% (+1,7% no trimestre terminado em agosto de 2025).
Em termos de categorias de produtos, em setembro, o INE destaca o acréscimo das exportações de "fornecimentos industriais" (+38,8%), maioritariamente produtos "químicos" (medicamentos) com destino à Alemanha.
Nas importações, quase todas as categorias de produtos registaram acréscimos, destacando-se os "combustíveis e lubrificantes" (+40,4%), maioritariamente "óleos brutos de petróleo" do Brasil, "refletindo uma subida em volume das importações desta categoria de produtos (+69,3%), acompanhada por uma diminuição de preços".
O instituto estatístico salienta os acréscimos das importações de "material de transporte" (+18,4%), principalmente "automóveis de passageiros", e de "bens de consumo" (+12,3%), sobretudo de Espanha.
Em setembro, os "combustíveis e lubrificantes" representaram 23,8% do défice da balança comercial de bens (15,8% em agosto de 2025; 12,0% em setembro de 2024), tendo o défice da balança comercial de bens sem estes produtos totalizado 1.973 milhões de euros, correspondendo a desagravamentos de 356 milhões face a setembro de 2024 e de 543 milhões em relação ao mês anterior.