O representante dos trabalhadores, António Pinto, disse à agência Lusa que a advogada da empresa informou hoje que foi pedida a falência e que no início da semana um gestor judicial irá avaliar se existem possibilidades de viabilização.

"A empresa começou a pagar com atraso no Verão e já nos deve dois meses de salários e o subsídio de Natal mas sabemos que há encomendas até Março", disse António Pinto.

Contudo, "apesar de não haver garantias de ordenado os trabalhadores não irão abandonar os seus postos" até terem conhecimento da decisão do gestor judicial, disse.

António Pinto criticou a forma como a empresa tem gerido os seus recursos humanos, substituindo pessoal especializado por imigrantes aos quais "não dá formação profissional".

"A administração queixa-se de que a loiça não tem qualidade mas tem optado por colocar pessoal não especializado por ser mais barato", afirmou.

A fábrica, instalada nas Caldas da Rainha há 35 anos, é a terceira mais antiga da cidade, a seguir à fábrica de loiça Rafael Bordalo Pinheiro e à Secla.