A "reestruturação" da fábrica de Palmela é feita para o "desenvolvimento sustentável da atividade" da empresa inicialmente construída em 1994 para fornecer o complexo industrial da Volkswagen Autoeuropa.

"Tendo em conta o abrandamento de volume de negócio por parte dos seus clientes, especialmente no sector da pintura, e ainda, o facto de não se preverem novos negócios, a Faurecia é obrigada a restruturar esta unidade, reduzindo o número de trabalhadores de forma a assegurar a sustentabilidade da sua fábrica", diz a empresa em comunicado enviado às redações.

A Comissão de Trabalhadores da empresa, diz a Faurecia, "foi devidamente informada sobre esta reestruturação e a Faurecia continuará a colaborar com os representantes dos seus trabalhadores no desenvolvimento e implementação" do processo.

"A Faurecia irá dar o apoio necessário aos colaboradores abrangidos por estas medidas, na procura de soluções de empregabilidade adequadas, tanto interna como externamente ao grupo, quando e onde for possível", aponta ainda o texto.

A Comissão de Trabalhadores (CT), em documento também hoje revelado, lembra que em 2012 a Faurecia tinha já "efectuado rescisões de mutuo acordo com cerca de 43 trabalhadores".

Os trabalhadores da empresa irão reunir-se na terça-feira em plenário para discutir a situação.

"O momento exige que a participação de todos aconteça. Deste modo apelamos à participação de todos, no encontro de soluções em conjunto para reduzir o número de trabalhadores a serem despedidos, bem como as condições para que tal aconteça", aponta a CT em texto endereçado às redações.

A Faurecia, no seguimento do anunciado despedimento coletivo, ficará a funcionar com um total de 192 trabalhadores.