Fidelidade altera modelo de gestão com entrada da chinesa Fosun

Lisboa, 15 mai (Lusa) - O Conselho de Administração da Fidelidade, uma das seguradoras do grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD) cuja maioria do capital foi vendida à chinesa Fosun, tem um novo modelo organizacional e composição, para acomodar o novo acionista dominante.

Lusa /

"O conselho de administração adotou uma diferente forma de organização, em linha com a prática corrente em muitas empresas de maior dimensão, passando a integrar membros não-executivos e membros executivos", lê-se num comunicado hoje enviado aos trabalhadores da Fidelidade pelo presidente Jorge Magalhães Correia, a que a agência Lusa teve acesso.

Nota para a nova comissão executiva, "na qual é delegada a gestão corrente e a representação da sociedade", que será liderada por Magalhães Correia, enquanto o Conselho de Administração passa a ter como presidente (não-executivo) Guo Guanchang, presidente do Grupo Fosun.

No total, o Conselho de Administração passa a contar com 14 executivos, sete dos quais chineses, enquanto a comissão executiva engloba quatro gestores.

João Nuno Palma (administrador da CGD) é o vice-presidente não-executivo do Conselho de Administração da Fidelidade, a par de Magalhães Correia.

É ainda criado um Conselho Consultivo, para o qual foram escolhidos Eugénio Ramos e Vasco d`Orey, e uma comissão de investimentos cujo objetivo é "apoiar, agilizar e supervisionar as decisões de investimento" da companhia.

"A distribuição de pelouros pela nova Comissão Executiva será anunciada proximamente", segundo o documento em que Magalhães Correia transmite "em primeira mão" aos colaboradores um conjunto de informações relativas às mudanças resultantes da alteração acionista verificada.

A Fosun International assinou hoje, em Pequim, com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) os documentos necessários para fechar a compra de 80% do capital das seguradoras do grupo financeiro português, por uma verba superior a mil milhões de euros.

"A aquisição foi oficialmente concretizada a 15 de maio", informou a companhia chinesa, especificando que o valor do negócio está fixado nos 1.038 milhões de euros, mas que o mesmo ainda "será ajustado com base numa auditoria que vai ser feita no espaço de 45 dias a partir desta data".

A companhia chinesa voltou a assegurar o seu compromisso "estável e de longo prazo" com este investimento, elogiando a equipa de gestão das seguradoras adquiridas (Fidelidade, Multicare e Cares) e

 

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