Foguetão europeu Ariane6 lançado com dois satélites para melhorar navegação terrestre

O foguetão europeu Ariane6 descolou hoje com sucesso do centro espacial de Korou, na Guiana francesa, carregando dois satélites do programa da União Europeia (UE) Galileo, destinado a garantir autonomia nos sistemas de navegação terrestre (vulgo GPS).

Lusa /
ESA - CNES - ARIANESPACE - ArianeGroup via REUTERS

Esta é a quarta missão do mais recente modelo do engenho da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla inglesa) e o 14.º lançamento ao abrigo do programa batizado com o nome do astrónomo italiano Galileu Galilei, inaugurado em 2016 para a UE garantir um sistema de posicionamento autónomo face ao norte-americano GPS e ao russo GLONASS.

A descolagem aconteceu às 02:01 horas locais (05:01, em Lisboa), com condições meteorológicas favoráveis de uma noite tropical, apesar da atual estação das chuvas no território francês da América do Sul, próximo do Equador.

A operação de libertação dos satélites está prevista para uma órbita terrestre média de cerca de 22.900 quilómetros de altitude, três horas e 55 minutos depois da descolagem.

Os aparelhos europeus de última geração, SAT 33 e SAT 34, aumentam assim a `constelação` Galileo para um total de 34, ajudando assim à geolocalização civil de precisão.

Após a invasão russa da Ucrânia e o fim da cooperação com os foguetões Soyuz (Rússia), em 2022, a UE ficou sem acesso independente ao espaço vários meses, devido à retirada do Ariane5, em 2023, até à entrada em operação do Ariane6, cujo voo inaugural ocorreu em julho de 2024.

Então, a ESA contratou a SpaceX (empresa detida pelo norte-americano Elon Musk), que lançou dois satélites Galileo a bordo de foguetões Falcon9, em setembro de 2024, do centro espacial Kennedy, na Florida.

Em setembro, a Arianespace reviu em baixa a previsão lançamentos comerciais do Ariane6 em 2025, de cinco para quatro, mas antecipou ir fazer o dobro (oito) para o próximo ano.

Em 2025, a empresa já tinha realizado com sucesso três lançamentos comerciais: em 06 de março, com um satélite militar, em 13 de agosto, com um satélite meteorológico, e, em 04 de novembro, com o satélite Sentinel-1D para o programa europeu de observação da Terra, Copernicus.

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