Freeport de Alcochete anuncia investimentos até à Páscoa
O director executivo do grupo Freeport, Iestyn Roberts, reiterou hoje que o espaço comercial não enfrenta um processo de falência e revelou que, até à Páscoa, serão investidos 3,8 milhões de euros no centro comercial.
"O projecto é bom e será ainda melhor", disse à agência Lusa Iestyn Roberts, acrescentando que estão já a decorrer obras no Freeport, que deverão estar concluídas antes da Páscoa, representando um investimento de 3,8 milhões de euros.
Segundo o director-executivo, as obras destinam-se a melhorar os jardins, tornar o espaço central do centro mais confortável, bem como a zona dos restaurantes, onde serão introduzidas mais áreas de sombra.
A sinalização do recinto será também melhorada, entre outras intervenções, acrescentou.
Iestyn Roberts desvalorizou a representatividade da associação dos lojistas, sublinhando que "a esmagadora maioria dos comerciantes está satisfeita".
"Estou muito desiludido. São pessoas que eu conheço, ofereci- lhes soluções para os seus problemas, mas eles preferiram esta via", lamentou.
Segundo o responsável, tratam de cinco ou seis lojistas - de um total de 153 - que estão a atravessar problemas nos seus negócios.
"Temos muitos lojistas que nos últimos dias se têm dirigido a nós a dizer que não se sentem representados por esta associação", contou à Lusa.
Iestyn Roberts disse ainda que "as vendas no período de Natal em 2006, foram 10 por cento mais altas que em 2005", afastando o cenário de falência.
O responsável confirmou que o centro comercial não tem licença de funcionamento, mas explicou que isso se deve ao facto de estarem a decorrer obras e por isso terem uma licença de construção.
O director-executivo garantiu que a autarquia do Montijo apoia a administração do Freeport e que, assim que acabarem as obras, a situação estará regularizada através de uma licença de funcionamento.
Em declarações quinta-feira à Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Alcochete, Luís Franco, adiantou que a licença do Freeport foi prorrogada devido a um conjunto de alterações no espaço que a administração pretende realizar.
"Quando entramos na Câmara, a 31 de Outubro de 2005, já apanhamos o processo do Freeport a decorrer. A licença foi prorrogada porque a administração pretende fazer alterações no espaço e nós pedimos um parecer à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional para perceber se as leis ambientais são respeitadas", explicou.
Luís Franco referiu que se a resposta for positiva, a autarquia poderá aprovar as alterações, o que significa "uma verba significativa em taxas", anunciando que nas alterações está prevista a abertura das onze salas de cinema "muito para breve".
O autarca afirmou ainda que acredita no futuro do Freeport, defendendo que o espaço tem todas as condições para ser rentável no futuro.