Galp escolhe TotalEnergies para operar licença na Namíbia e troca 40% por duas participações
A Galp anunciou hoje uma parceria com a TotalEnergies para a troca de 40% na área PEL 83, na Namíbia, por outras duas operadas pela multinacional francesa, que passará a assumir a operação desta licença.
"Em troca de uma participação de 40% na PEL 83, a Galp irá adquirir uma participação de 10% na PEL 56, onde se encontra a descoberta Venus, e uma participação de 9,4% na PEL 91, ambas operadas pela TotalEnergies", refere um comunicado hoje divulgado pela petrolífera portuguesa.
No comunicado, a Galp refere que escolheu a TotalEnergies como parceira para "operar e desenvolver conjuntamente a descoberta de Mopane através de uma troca de ativos".
Com esta troca, a Galp cede metade da participação que detinha na Licença de Exploração Petrolífera n.º 83 (PEL 83).
A petrolífera portuguesa destaca que a aquisição de participações do portefólio da contraparte francesa contribui para a sua expansão na bacia `offshore` Orange, na Namíbia.
O comunicado detalha que a TotalEnergies vai passar a assumir a operação da PEL83 e "cobrir metade dos custos de investimento da Galp para exploração, avaliação e desenvolvimento em Mopane".
As duas empresas comprometeram-se ainda a lançar uma campanha de exploração e avaliação de pelo menos três poços nos próximos dois anos "para reduzir ainda mais o risco do bloco e potencialmente desbloquear um centro de desenvolvimento", estando o primeiro potencial poço em avaliação para 2026.
A presidente do Conselho de Administração da Galp, Paula Amorim, disse que a empresa está "feliz por estabelecer uma parceria com a TotalEnergies", considerando que é uma operadora "altamente experiente em águas ultraprofundas" e, assim, reduz "significativamente os riscos do Mopane".
O acordo está sujeito à aprovação do Governo, das entidades reguladoras e dos parceiros da `joint-venture`, devendo a sua conclusão ocorrer no próximo ano.
A Galp refere que após a conclusão desta operação passará a deter 40% da PEL 83, contra 40% da TotalEnergies, que será operadora, e 10% tanto de Namcor e Custos.
Na PEL 56, passa a deter uma participação de 10% ao lado de TotalEnergies (35,25%, operador), QatarEnergy (35,25%) Namcor (10%) e Impact (9.5%).
Já na PEL 91, a participação de 9,39% compara com a de 33,085% da TotalEnergies (operador), a de 33,025% da QatarEnergy, a de 15% da Namcor e a de 9,5% da Impact.
Após o anúncio, a Galp, que minutos antes já era a que mais perdia no PSI desde a abertura (-0,89%), viu a sua cotação baixar 11,60% pelas 09:50, para 15,32 euros.