General Motors perde título de maior construtor mundial para a Toyota
Detroit (Estados Unidos), 15 jan (Lusa) - A General Motors (GM) assumiu hoje que irá perder o título de primeiro fabricante de automóveis mundial para a Toyota ao anunciar que, em 2012, vendeu 9,2 milhões de carros, face aos 9,7 milhões previstos pelo construtor japonês.
Com este desempenho, o grupo Volkswagen volta a ser o terceiro fabricante mundial depois de ter alcançado o segundo lugar em 2011 devido à fraca performance da Toyota, que teve que enfrentar as dificuldades de produção provocadas pelo terramoto e tsunami no Japão.
O grupo alemão, que aspira a ser o maior fabricante do mundo de automóveis em 2018, tem ainda um longo caminho a percorrer para ultrapassar a Toyota e a General Motors, grupos que continuam a apostar também nos mercados emergentes, embora a GM esteja com a vida mais difícil na Europa onde a sua marca mais importante, a Opel, continua a dar prejuízo.
Os responsáveis da GM afirmaram, no Salão de Detroit, que querem aumentar a sua quota de mercado em 2013, com Dan Akerson, presidente executivo da empresa, a afirmar mais uma vez que a filial europeia Opel "não está à venda", adiantando que a operação europeia, apesar dos maus resultados, não está a contaminar o crescimento da casa-mãe.
Com a sétima geração do Corvette, o presidente da GM para a América do Norte, Mark Reuss, quis demonstrar que a General Motors goza de boa saúde como demonstra "o primeiro carro desenhado por completo e produzido pela empresa depois do processo de reestruturação".
Em comparação com 2011, as vendas do gigante norte-americano aumentaram 2,9%, graças ao bom desempnho dos mercados dos Estados Unidos, chinês e brasileiro, enquanto que a queda na Europa foi de 8,2%.
O primeiro elogio para GM no Salão de Detroit foi o prémio de carro do ano nos Estados Unidos para o Cadillac ATS, uma berlina de luxo que se impôs ao Ford Fusion e ao Honda Accord.
Um outro construtor automóvel que ficou bastante ferido com a crise de 2008 e ressurgiu das cinzas foi a Chrysler, agora detida pelo grupo Fiat, que colocou na empresa americana toda a sua energia para demonstrar que havia saída para a sua situação difícil.
O presidente da Chrysler, o italiano Sergio Marchionne, disse hoje que as "nuvens negras" na Europa são semelhantes às que abalaram Detroit em 2008.
"O mercado europeu está de rastos", lamentou Sergio Marchionne no Salão de Detroit, porque a indústria automóvel europeia "perdeu 4.000 a 5.000 milhões de dólares por ano", segundo as suas estimativas.