Governo anuncia hoje vencedor do concurso do TGV

O primeiro-ministro José Sócrates, acompanhado do ministro das Obras Públicas, António Mendonça, revela hoje, em Évora, o nome do vencedor do primeiro concurso da alta velocidade ferroviária, respeitante ao troço Poceirão-Caia, que marca o arranque do projecto TGV em Portugal. A escolha será feita entre um grupo liderado pela Brisa e Soares da Costa e outro com a Mota-Engil à frente.

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A construção do troço Poceirão-Caia deverá arrancar em 2010, para entrar ao serviço em 2013 RTP

O primeiro troço do TGV, entre Poceirão e Caia, integrará a linha Lisboa-Madrid e a construção deverá arrancar já em 2010, para que possa entrar ao serviço em 2013. O contrato será assinado assim que o decreto-lei com as bases de concessão for promulgado pelo Presidente Cavaco Silva.

O concurso visa a atribuição da concessão do projecto, construção e financiamento, manutenção e disponibilização, por 40 anos, das infra-estruturas ferroviárias que integram os 170 quilómetros do troço Poceirão-Caia, compreendendo também a exploração da estação de Évora.

A proposta final do consórcio Elos - Ligações de Alta Velocidade, liderado pela Brisa e pela Soares da Costa, aponta para um valor de construção de 1359 milhões de euros, 2,6 por cento mais elevada face aos 1324 milhões da proposta inicial, de acordo com dados disponibilizados em Junho passado pela RAVE - Rede Ferroviária de Alta Velocidade.

A proposta deste grupo - que integra integra a Iridium Concesiones de Infraestructuras, do grupo espanhol ACS, Lena, Bento Pedroso, Edifer, Zagope, a norte-americana Babcock & Brown Limited, o BCP e a CGD - contempla um custo anual de manutenção de 12,2 milhões de euros, igualmente superior aos 11,6 milhões iniciais.

Ainda segundo a RAVE, o outro finalista, o Altavia Alentejo - Infra-estruturas de Alta Velocidade, liderado pela Mota-Engil, apresentou uma proposta final apontando para um custo de construção de 1334 milhões de euros.

O agrupamento liderado pela Mota-Engil integra a Somague, a Teixeira Duarte, a MSF, a Opway, a Esconcessões, a francesa Vinci, o BPI, o BES, o banco Invest e a Alves Ribeiro - Consultoria de Gestão.

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