Governo brasileiro lança plano ambicioso para reduzir o défice fiscal

por Lusa

O ministro das Finanças do Brasil, Fernando Haddad, apresentou hoje um primeiro conjunto de medidas a serem adotadas pelo Governo para reduzir o défice fiscal do país, que se centram no aumento da cobrança de receitas.

O pacote inclui o aumento dos impostos sobre grandes empresas e combustíveis, a divisão das dívidas fiscais e a redução da despesa pública.

As medidas anunciadas visam reduzir, ou mesmo eliminar, o défice primário (não incluindo os recursos destinados ao pagamento de juros da dívida) de 231,55 mil milhões de reais (cerca de 41,795 mil milhões de euros a taxas de câmbio correntes) projetado nas contas do Governo este ano.

Se as medidas forem eficazes, o Brasil poderá encerrar 2023 com um excedente primário de 11,13 mil milhões de reais (cerca de dois mil milhões de euros), de acordo com os cálculos do Ministério.

Segundo o ministério, o conjunto de medidas poderia ter um impacto fiscal de cerca de 242,6 mil milhões de reais (43,75 mil milhões de euros), equivalente a 2,26% do produto interno bruto (PIB).

Segundo Haddad, 2022 foi um ano "muito complicado" do ponto de vista fiscal porque medidas "muito irresponsáveis" foram tomadas pelo Governo de Jair Bolsonaro sem considerar as consequências num futuro próximo.

"Vamos arranjar a casa e fazer crescer a economia", disse Haddad numa conferência de imprensa, em Brasília.

 

 

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