Governo promete avaliar a reposição dos três dias de férias abolidos na `troika` diz Frente Sindical
A Frente Sindical admitiu hoje rever em baixa a sua reivindicação de aumento do subsídio de refeição, para 10 euros em 2026, e disse que o Governo ficou de avaliar a reposição dos três dias de férias abolidos na `troika`.
"O subsídio de refeição, consideramos que, deve ser atualizado para um valor que propomos de 12 euros, mas numa negociação também estamos dispostos a que seja 10 euros", afirmou a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, à saída da reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, no Ministério das Finanças, em Lisboa, admitindo que o aumento possa ser "faseado".
A presidente do STE indicou ainda que na reunião com o Governo insistiu também em outras propostas que constam no caderno reivindicativo desta estrutura sindical, nomeadamente "na recuperação dos três dias de férias" abolidos na `troika`, tendo proposto que os funcionários públicos fossem "recuperando um dia de férias em cada ano, até fazer os tais três dias".
O Governo "ficou de considerar" esta proposta, acrescentou Helena Rodrigues.
Relativamente a eventuais aumentos salariais para o próximo ano acima do previsto no acordo plurianual atualmente em vigor, a presidente do STE indicou que o Governo "não fechou" a porta "nesta reunião", mas também não se comprometeu.
"Nós acreditamos que possa ser mais qualquer coisa", disse.
O atual acordo, assinado em novembro de 2024 com duas das estruturas sindicais da Função Pública (a Fesap e Frente Sindical), prevê aumentos de 2,15%, com um mínimo de 56,58 euros no próximo ano.
Já o STE, afeto à UGT, reivindica um aumento salarial de 6,4% para todos os funcionários públicos em 2026.
Outra das preocupações transmitidas pelo STE ao Governo diz respeito à avaliação de desempenho dos funcionários públicos. "Preocupa-nos aquilo que são as avaliações do SIADAP, aquilo que é a demora dos serviços em fazer os processos de avaliação" e que foi dito pelo Governo é que estão a fazer um trabalho junto das entidades públicas para que esse processo seja feito o mais atempadamente possível", afirmou Helena Rodrigues.
Helena Rodrigues disse ainda ter insistido para que se baixe a taxa de desponto para ADSE, dado que considera que esta é "muito" elevada. No caderno reivindicativo, a estrutura sindical defende uma atualização da taxa de desponto para ADSE para 2,5% em 12 meses, ao invés dos atuais 3,5%.
A presidente do STE disse ainda que espera que na próxima reunião com o Governo, prevista para 29 de outubro, possa haver uma "abordagem mais concreta" por parte do executivo às propostas apresentadas por esta estrutura sindical.