Governo rejeita isentar veículos elétricos de portagens

por RTP

O secretário de Estado Adjunto e do Ambiente garante que a rede de postos de carregamento está a ser recuperada paulatinamente. José Mendes responsabiliza o anterior Governo pelo abandono da rede. O Governo prevê que os carregamentos nos postos públicos comecem a ser cobrados até ao fim do primeiro semestre e rejeita a isenção de portagens para os veículos elétricos.

Centenas de postos de carregamento para carros elétricos estão avariados em todo o país. Em entrevista à RTP, o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente recorda que a rede piloto de postos de carregamento foi instalada em 2010 com mais de mil postos.

"Depois disso, entre 2011 e 2015, foram instalados zero postos de carregamento. Parou o projeto e a rede que foi instalada foi completamente abandonada", explica o governante. Confrontado com os motivos para este abandono, José Mendes responsabiliza o anterior executivo.

O secretário de Estado garante que o projeto foi retomado pelo atual executivo e "está de muito boa saúde". "Estamos paulatinamente a recuperar a rede que foi abandonada estes anos todos. Tínhamos cerca de 40 por cento dos postos inoperacionais. Neste momento são pouco mais de 20 por cento", afirmou em entrevista ao Bom Dia Portugal.

José Mendes garante que estes cerca de duzentos postos têm de ser reparados. O Governo anunciou que foi fechado concurso para a aquisição de 200 novos postos, alguns dos quais irão substituir os mais antigos.
Carregamentos pagos
O Governo admite que há atrasos na cobrança dos carregamentos nos postos públicos que tem sido sucessivamente adiada. O executivo espera que os carregamentos comecem a ser pagos até ao fim do primeiro semestre de 2018.

O secretário de Estado recorda no entanto que o carregamento em casa é o mais recorrente e aquele que permite mais poupanças.

Questionado sobre eventuais novos benefícios para incentivar o uso de veículos elétricos, o Governo rejeita a isenção do pagamento de portagens e garante que este não é um modelo recorrente.

"A Noruega é um caso muito particular, muito específico. Não tem qualquer paralelo com mais país do mundo", sublinha José Mendes.

O secretário de Estado não prevê novos incentivos à compra de veículos elétricos mas pondera que seja alargado o número de cidadãos que são contemplados por eles. José Mendes recorda que quem compra um veículo elétrico não paga Imposto sobre Veículos nem Imposto Único de Circulação.

As empresas beneficiam ainda da dedução de IVA e do não pagamento de tributação autónoma.
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