Em declarações à agência Lusa, Henrique Granadeiro afirmou que encara uma eventual operação no âmbito da construção de um "pilar luso-brasileiro".

Granadeiro disse à Lusa, em Brasília, que um entendimento com a Telemar "é uma entre as várias hipóteses" para o alargamento da actuação da PT no sector das telecomunicações no Brasil, mas reconheceu que já houve conversas com accionistas da operadora brasileira.

"A posição da PT é de desenvolver a sua presença no Brasil", disse, sublinhando que "isso faz parte do projecto que foi vencedor na OPA [oferta pública de aquisição falhada lançada pela Sonaecom]".

"Estamos interessados em permanecer no Brasil e no desenvolvimento da nossa operação, portanto, a Telemar é uma entre várias hipóteses", salientou.

"Se as conversas que já mantivemos em diversas ocasiões com os accionistas de referência da Telemar conduzirem no sentido de uma aproximação de posições, estamos disponíveis para um entendimento amigável sobre a Telemar que possa, inclusivamente, envolver uma troca de participações para a construção de um pilar luso-brasileiro, em Portugal e no Brasil", afirmou.

Granadeiro avançou que "está fora de causa" o lançamento por parte da PT de uma OPA hostil sobre a Telemar, operadora que actua nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste (excepto São Paulo) do Brasil.

"Nunca faremos uma OPA hostil sobre a Telemar", garantiu.

"A empresa tem os seus accionistas de referência. Se um dia chegarmos a um entendimento amigável a empresa passa a ser uma hipótese", sublinhou.

Henrique Granadeiro realçou que a Telemar "é uma empresa com grande potencial e que poderá ter um forte desenvolvimento, sobretudo porque é uma empresa que está a viver já a era da convergência".

"É uma empresa de predominância [na rede] fixa, é um facto, mas já com uma componente móvel relativamente extensa, e sobretudo é uma empresa de uma forma original de fazer ofertas convergentes integradas", afirmou.