Economia
Gregos contestam nova austeridade com manifestação e greve geral
Os deputados gregos aprovam hoje um novo conjunto de medidas de austeridade. A decisão está a ser contestada nas ruas, com a manifestação de milhares de pessoas frente ao Parlamento, e com uma greve geral de 24 horas. É a terceira greve geral que paralisou a Grécia este ano. O antigo economista-chefe do FMI, Raghuram Rajan, admite cada vez maior probabilidade na reestruturação da dívida grega.
Cerca de 25 mil manifestantes invadiram as ruas de Atenas e concentraram-se na Praça Syntagma, onde há semanas estão acampadas centenas de pessoas. Empunhavam bandeiras gregas e espanholas, e gritavam palavras como “Resistência” e “No passarán”.
Um grupo de jovens chegou mesmo a atirar pedras e cocktails molotov à polícia, junto ao Parlamento, que retaliou com gás lacrimogéneo. O cordão policial que protegia o palácio presidencial foi desfeito e o grupo esteve a 20 metros do edifício quando passava a viatura do primeiro-ministro. Durante a noite, a polícia bloqueou a passagem para a residência oficial de Georges Papandreou.
Ao chegar ao chegar ao palácio presidencial, o socialista Georges Papandreou defendeu a necessidade de “continuar a avançar” com novas medidas de austeridade e “assumir as suas responsabilidades” no que respeita ao cumprimento das condições impostas por Bruxelas e pelo FMI para o pacote de resgate.
“É preciso um esforço nacional porque estamos num momento histórico crucial e devemos tomar decisões cruciais”, argumentava Papandreou, antes do encontro com o presidente Carolos Papoulias. “Acredito no benefício do entendimento nacional, estou sempre em contacto com outros líderes partidários, a partir daí, cada um assume as suas responsabilidades”, acrescentou.
Papandreou deverá fazer uma comunicação oficial, ainda esta quarta-feira, na residência oficial, o palácio Megaro Maximo.
Apesar dos rumores de eleições antecipadas, fonte governamental não identificada nas agências internacionais excluiu este cenário. Ontem, o deputado Georges Lianis pediu a demissão, o que reduziu para 155 o número de parlamentares socialistas. Um outro deputado deste grupo manifestou oposição ao projeto de lei. Também o principal partido da oposição parlamentar, que tem na totalidade 300 deputados, disse estar contra as novas propostas.
O Parlamento grego começou a debater o projeto de lei orçamental que vai configurar um novo conjunto de medidas de austeridade em vigor até 2015. O programa de austeridade prevê medidas para poupar 2,8 mil milhões de euros através de privatizações, fecho de empresas públicas, cortes de salários e pensões e aumento de impostos.
O novo conjunto de medidas visa corresponder às expectativas dos credores da Grécia, que está novamente à beira da bancarrota.
Terceira greve geral desde o início do ano
A greve geral de 24 horas é outra forma de protesto contra as anunciadas propostas. Os transportes públicos funcionam com interrupções e os principais serviços estão paralisados. Também as empresas públicas interromperam o funcionamento, enquanto os hospitais só prestam assistência em casos de emergência.
Os aeroportos estão a operar com normalidade, após os operadores aéreos terem cancelado a sua greve.
UE de olho na Grécia
“Não há nada mais anti-social do que contas públicas desequilibradas”, afirmava, em Bruxelas, o porta-voz do comissário europeu dos Assuntos Económicos, garantindo preocupação com o impacto social das novas medidas de austeridade na Grécia.
“A situação social na Grécia está no centro das nossas preocupações, não apenas neste momento mas desde o início da crise”, prometia Amadeu Altafaz, porta-voz de Olli Rehn.
Os “esforços para apoiar o povo grego passam por ajudar a Grécia a pôr as contas públicas em ordem e poder sobreviver a esta crise sem passar por acontecimentos que terão consequências muito mais graves”, acrescenta.
Altafaj lembra que a economia grega perdeu competitividade ao longo dos anos e é atingida por fenómenos como a corrupção.
Os ministros das Finanças da Zona Euro voltam a debater, domingo e segunda, no Luxemburgo, uma nova fase de ajuda à Grécia e a sustentabilidade das contas públicas gregas. Estiveram ontem reunidos em Bruxelas para discutir a questão grega, mas não foram conseguidos avanços nas negociações.
A Zona Euro debate um segundo pacote de ajuda à Grécia, que poderá ascender a 90 mil milhões de euros, para cobrir as necessidades de financiamento do país até 2014.
Um grupo de jovens chegou mesmo a atirar pedras e cocktails molotov à polícia, junto ao Parlamento, que retaliou com gás lacrimogéneo. O cordão policial que protegia o palácio presidencial foi desfeito e o grupo esteve a 20 metros do edifício quando passava a viatura do primeiro-ministro. Durante a noite, a polícia bloqueou a passagem para a residência oficial de Georges Papandreou.
Ao chegar ao chegar ao palácio presidencial, o socialista Georges Papandreou defendeu a necessidade de “continuar a avançar” com novas medidas de austeridade e “assumir as suas responsabilidades” no que respeita ao cumprimento das condições impostas por Bruxelas e pelo FMI para o pacote de resgate.
“É preciso um esforço nacional porque estamos num momento histórico crucial e devemos tomar decisões cruciais”, argumentava Papandreou, antes do encontro com o presidente Carolos Papoulias. “Acredito no benefício do entendimento nacional, estou sempre em contacto com outros líderes partidários, a partir daí, cada um assume as suas responsabilidades”, acrescentou.
Papandreou deverá fazer uma comunicação oficial, ainda esta quarta-feira, na residência oficial, o palácio Megaro Maximo.
Apesar dos rumores de eleições antecipadas, fonte governamental não identificada nas agências internacionais excluiu este cenário. Ontem, o deputado Georges Lianis pediu a demissão, o que reduziu para 155 o número de parlamentares socialistas. Um outro deputado deste grupo manifestou oposição ao projeto de lei. Também o principal partido da oposição parlamentar, que tem na totalidade 300 deputados, disse estar contra as novas propostas.
O Parlamento grego começou a debater o projeto de lei orçamental que vai configurar um novo conjunto de medidas de austeridade em vigor até 2015. O programa de austeridade prevê medidas para poupar 2,8 mil milhões de euros através de privatizações, fecho de empresas públicas, cortes de salários e pensões e aumento de impostos.
O novo conjunto de medidas visa corresponder às expectativas dos credores da Grécia, que está novamente à beira da bancarrota.
Terceira greve geral desde o início do ano
A greve geral de 24 horas é outra forma de protesto contra as anunciadas propostas. Os transportes públicos funcionam com interrupções e os principais serviços estão paralisados. Também as empresas públicas interromperam o funcionamento, enquanto os hospitais só prestam assistência em casos de emergência.
Os aeroportos estão a operar com normalidade, após os operadores aéreos terem cancelado a sua greve.
UE de olho na Grécia
“Não há nada mais anti-social do que contas públicas desequilibradas”, afirmava, em Bruxelas, o porta-voz do comissário europeu dos Assuntos Económicos, garantindo preocupação com o impacto social das novas medidas de austeridade na Grécia.
“A situação social na Grécia está no centro das nossas preocupações, não apenas neste momento mas desde o início da crise”, prometia Amadeu Altafaz, porta-voz de Olli Rehn.
Os “esforços para apoiar o povo grego passam por ajudar a Grécia a pôr as contas públicas em ordem e poder sobreviver a esta crise sem passar por acontecimentos que terão consequências muito mais graves”, acrescenta.
Altafaj lembra que a economia grega perdeu competitividade ao longo dos anos e é atingida por fenómenos como a corrupção.
Os ministros das Finanças da Zona Euro voltam a debater, domingo e segunda, no Luxemburgo, uma nova fase de ajuda à Grécia e a sustentabilidade das contas públicas gregas. Estiveram ontem reunidos em Bruxelas para discutir a questão grega, mas não foram conseguidos avanços nas negociações.
A Zona Euro debate um segundo pacote de ajuda à Grécia, que poderá ascender a 90 mil milhões de euros, para cobrir as necessidades de financiamento do país até 2014.