Grupo Santiago contrói edifício para albergar Rádio e jornais
O "Grupo Santiago" de Guimarães investiu 2,5 milhões de euros na construção de um edifício para albergar a Rádio e os jornais "O Comércio de Guimarães" e o "Desportivo de Guimarães", anunciou hoje fonte da empresa.
Handel de Oliveira, administrador do grupo, adiantou à Lusa que o investimento no prédio será parcialmente amortizado com o aluguer e a venda de lojas comerciais, nos andares superiores.
"Todo o rés-do-chão, com uma área com 700 metros quadrados, fica para a redacção dos três órgãos de comunicação", sublinhou.
As instalações da empresa, sitas no centro de Guimarães, na Rua Dr. José Sampaio, são inauguradas quarta-feira à tarde, depois da transferência de equipamentos ocorrida no final da semana
O Grupo, que teve origem, há 123 anos, com a criação do jornal "O Comércio de Guimarães", factura 750 mil euros por ano, a maioria dos quais através da Rádio Santiago, e também nos outros dois jornais e num departamento de realização de eventos e espectáculos musicais e recreativos.
"Temos a vantagem de não dever nada a ninguém e conseguimos sobreviver apesar da crise industrial da região e da falta de liquidez que se sente no mercado", acentuou.
Recentemente foi efectuada a alteração da denominação social passando a chamar-se "Grupo Santiago-Guimapress, SA".
Handel de Oliveira sublinhou que as novas instalações vão permitir o arranque de uma estação de televisão local, para já a funcionar na Internet, mas que se candidatará à legalização via cabo, logo que a legislação o permita.
Com 20 funcionários no quadro, 10 dos quais jornalistas, e 20 outros colaboradores a tempo parcial, a empresa lidera as audiências regionais - garante o seu gestor - quer em termos de rádios locais quer de comunicação escrita, já que o "Comércio" - com cinco mil exemplares por edição - é o mais lido no Vale do Ave e o segundo em todo o Minho, logo atrás do "Barcelos Popular".
"Um estudo da Marktest do primeiro semestre de 2007 demonstra que a nossa Rádio é a mais ouvida das locais a norte, com 3,5 por cento de audiência", sublinhou.
A liderança dos três órgãos na comunicação social da "cidade-berço" foi feita - assinala - quer à custa do profissionalismo dos seus trabalhadores, quer de muita imaginação em termos de marketing.
"Já oferecemos uma vaca e vários carros aos ouvintes e temos um programa, o "Pé-de-meia", que distribuiu dezenas de milhares de euros", referiu.
A Rádio Santiago, dirigida pelo jornalista Joaquim Fernandes, tem também uma secção de oferta de empregos, dirigida a cidadãos e a empresas.
"Há dias perguntei a um empresário, que nos ligou, a razão por que preferia recorrer ao serviço da Rádio do que ao do Instituto de Emprego. Respondeu-me que os inscritos na Rádio de certeza que querem trabalhar, enquanto sobre os outros nunca se sabe".