Hotéis cabo-verdianos do grupo RIU com lotação acima de 70% para a Páscoa

por Lusa

Os seis hotéis em Cabo Verde da marca RIU, o maior empregador privado do arquipélago, contam com lotação acima de 70% no período da Páscoa, segundo dados avançados à Lusa pelo grupo espanhol.

De acordo com fonte do grupo RIU, os três hotéis na ilha do Sal, a mais turística de Cabo Verde, contam com uma taxa de ocupação de 83% para este período.

Já na ilha da Boa Vista, onde o grupo opera outros três hotéis, a taxa de ocupação para a Páscoa é de 72%.

O turismo representa 25% do Produto Interno Bruto (PIB) e do emprego em Cabo Verde.

Os hotéis cabo-verdianos receberam em 2022 um recorde de 835.945 turistas e mais de quatro milhões de dormidas, segundo dados anunciados no final de março pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o relatório de Movimentação de Hóspedes em Cabo Verde em 2022, com as estatísticas do turismo produzidas pelo INE, o número de hospedes ultrapassou no ano passado o recorde anterior, que foi de 819.308 turistas em 2019, antes da pandemia de covid-19, e cresceu ainda 394% face aos 169.068 turistas em 2021.

O grupo espanhol conta, na ilha do Sal, com as unidades RIU Cabo Verde, RIU Funana e RIU Palace Santa Maria, e na ilha da Boa Vista com o RIU Karamboa -- reinaugurado em novembro após um investimento de 48 milhões de euros -, RIU Palace Boa Vista e RIU Touareg, somando uma oferta que ascende a 4.479 quartos, todos já com a atividade totalmente recuperada há mais de um ano, após a suspensão provocada pela pandemia de covid-19.

O presidente do conselho de administração do RIU Hotels & Resorts, Luis Riu, reafirmou em novembro a aposta em Cabo Verde, destino onde começou a investir há 20 anos e também onde é atualmente o principal empregador do país.

"Há 20 anos Cabo Verde era um compromisso pessoal, hoje é um grande destino internacional com caráter e força próprios", afirmou Riu, numa mensagem publicada no portal eletrónico do grupo, em que destaca que Cabo Verde é o preferido dos seus clientes europeus no inverno, recebendo anualmente 300 mil turistas.

Luis Riu descreveu as ilhas do Sal e da Boa Vista como "dois paraísos" onde se destacam o bom tempo, a simpatia extrema das suas gentes e a desconexão.

Acrescentou que Cabo Verde "depende inteiramente de operações `charter`" do Reino Unido, Países Baixos, Noruega, Alemanha e Bélgica.

Após a primeira abertura em 2005, a empresa hoteleira manteve a aposta no destino onde tem seis estabelecimentos, o último dos quais, o RIU Palace Santa Maria, inaugurado em março de 2021, com 1.001 quartos.

Uma resolução do Conselho de Ministros cabo-verdiano de 28 de outubro, consultada em novembro passado pela agência Lusa, refere que o grupo hoteleiro Riu investiu 48 milhões de euros na modernização de um dos `resorts` que opera na ilha da Boa Vista e estima já ter investido em hotéis em Cabo Verde 450 milhões de euros.

De acordo com a resolução, o investimento total do grupo RIU em Cabo Verde cifrou-se até 2021 em 50 mil milhões de escudos (451 milhões de euros), com a criação de 2.345 postos de trabalho e a contribuição em impostos pagos de 2010 a 2020 de quase 11.200 milhões de escudos (101 milhões de euros) e 1.200 milhões de escudos (10,8 milhões de euros) de contribuições para a segurança social no mesmo período, o que levou agora o Governo a aumentar de 50% para 60% a percentagem do direito a crédito fiscal ao investimento no Karamboa, por dedução à coleta do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRPC).

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