IAG aponta entraves a investimento sem controlo maioritário na companhia aérea

A IAG, dona da British Airways e Iberia, considera problemática a aquisição de uma participação minoritária na TAP, defendendo que apenas uma posição maioritária permitirá transformar a companhia e aumentar as margens operacionais.

Lusa /

Em declarações à Bloomberg TV, o responsável pela área financeira e de sustentabilidade do grupo, Nicholas Cadbury, afirmou que a intenção do Estado de alienar até 49,9% do capital da TAP constitui um "problema" para o grupo.

"Para elevar a margem atual de cerca de 8% para o intervalo de 12% a 15% do grupo, precisaríamos de um caminho muito claro para a propriedade total ou maioritária, o que não está atualmente em cima da mesa", afirmou.

O responsável acrescentou que, sem essa possibilidade, "será um negócio difícil de concretizar", sublinhando a necessidade de trabalhar em articulação com o Governo português para compreender como investir e transformar a companhia.

O Governo anunciou que concluiu a fase de pré-qualificação do processo de privatização da TAP e mandatou a Parpública para enviar, até 02 de janeiro, os convites para apresentação de propostas não vinculativas.

Em conferência de imprensa, hoje, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, explicou que a Air France-KLM, a IAG e a Lufthansa cumprem os requisitos definidos e passam à segunda fase do processo, que decorre sob coordenação da Parpública.

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