Impresa projeta taxa média de crescimento anual das receitas de 0,5% até 2028
A Impresa projeta uma taxa média de crescimento anual das receitas de 0,5% até 2028, com base nas receitas recorrentes de 2024, de acordo com informação divulgada pela dona da SIC no domingo à noite.
No comunicado enviado ao regulador CMVM, em véspera da assembleia-geral extraordinária que vai deliberar, entre outros pontos, a autorização da administração a realizar um aumento de capital no prazo de um ano, a Impresa refere que este "contém declarações prospetivas (forward-looking statements), elaboradas com informação disponível a junho de 2025, relativas a eventos futuros e aos resultados futuros" do grupo.
A Impresa espera uma taxa média de crescimento anual (TMCA) de 0,5% entre 2024 (182,3 milhões de euros), considerando "apenas as receitas recorrentes de 2024", e 2028 (182,1 milhões de euros).
As receitas consolidadas estimadas para este ano são 179 milhões de euros.
A TCMA para o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) é de 7,2%, projetando atingir 24,3 milhões de euros em 2028 (estima 14,9 milhões de euros este ano).
Quanto ao investimento (Capex), a taxa média de crescimento anual para igual período é de 9,6% (3,7 milhões de euros em 2028). A estimativa para este ano é de 1,9 milhões de euros.
"Nem a Impresa nem qualquer outra pessoa podem assegurar que os seus resultados, desempenho ou eventos futuros corresponderão a essas expectativas, nem assumem qualquer responsabilidade pela exatidão e completude desses resultados ou das declarações prospetiva", lê-se no comunicado enviado no domingo, 28 de dezembro, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
"Qualquer informação e quaisquer declarações prospetivas constantes deste comunicado reportam-se exclusivamente à data em que foram produzidas (em junho de 2025). A Impresa não assume qualquer obrigação de atualizar a informação ou as declarações prospetivas, designadamente para refletir alterações nas expectativas da Impresa ou quaisquer mudanças nos eventos, condições ou circunstâncias em que tais declarações se baseiem", acrescenta.
Para o segmento de televisão (SIC), as projeções financeiras apontam para uma TMCA 2024-2028 das receitas de 0,9%, estimando-se 154,3 milhões de euros este ano e 159,4 milhões de euros em 2028.
Quanto ao EBITDA na televisão, a TMCA é de 3,9% (21,2 milhões em 2028 vs 13,8 milhões de euros este ano) e o Capex 38,3% (3,2 milhões de euros em 2028).
No que se refere ao segmento Publishing, a Impresa projeta uma taxa média de crescimento anual negativa de 1,1% das receitas entre 2024 e 2028, para 22,4 milhões de euros, e um EBITDA de 10,9%.
Quanto ao Capex, a TMCA 2024-2028 é de 7,2%.
A assembleia-geral extraordinária da Impresa de hoje irá deliberar, entre outros, "sobre a conversão das ações representativas do capital social" com o valor nominal de 0,50 euros e "autorizar o Conselho de Administração a proceder, no prazo de um ano contado da data da respetiva autorização, a um aumento do capital social" da Impresa "no montante de até 17.325.000 euros, mediante entradas em dinheiro".
Outro dos pontos é "deliberar sobre a supressão do direito legal de preferência no aumento de capital a deliberar pelo órgão de administração" da Impresa e, "em caso de aprovação do ponto Um e/ou do Ponto Dois da ordem do dia, deliberar a alteração parcial e renumeração de alguns dos artigos dos estatutos da sociedade".
Em 26 de novembro, a Impresa anunciou a parceria com a italiana MFE - MediaForEurope, através da qual esta passa a deter 32,934% da dona da SIC, e a família Balsemão mantém o controlo do grupo com 33,738%.
"Em conjunto com a holding Impreger, acionista maioritária da Impresa, assinou um acordo de investimento com a MFE", através do qual "esta última se compromete a subscrever novas ações da Impresa, a emitir em aumento de capital social, o que levará a que passe a deter uma posição acionista de 32,934% no capital social" do grupo, referiu na altura a dona da SIC.