INE confirma estimativa. Economia cresce 2,4% no terceiro trimestre
A economia portuguesa cresceu 2,4 por cento no terceiro trimestre, em termos homólogos, e 0,8 em cadeia, impulsionada pela procura interna, confirmou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística.
Estes números confirmam a estimativa rápida divulgada no final de outubro pelo INE, representando uma aceleração do Produto Interno Bruto (PIB) tanto face ao período homólogo como face ao trimestre anterior.
Segundo explica o gabinete de estatísticas, o "contributo negativo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB foi menos acentuado no terceiro trimestre, refletindo simultaneamente a desaceleração das importações de bens e serviços e o aumento das exportações de bens e serviços".
Jornal da Tarde | 28 de novembro de 2025A procura interna deu também um contributo positivo para o crescimento da economia, ainda que menor do que no segundo trimestre, refletindo a desaceleração do investimento.Recorde-se que o Governo prevê chegar ao fim do ano com a economia a crescer dois por cento.
Por sua vez, a inflação diminuiu para 2,2 por cento em novembro, menos uma décima do que o valor registado em outubro.
Os produtos energéticos tiveram uma inflação de menos 0,9%, enquanto os produtos alimentares não transformados viram os preços subir seis por cento em novembro.
Desemprego baixa para 5,9%
No que diz respeito ao desemprego, o relatório do INE mostra que a taxa de desemprego baixou para 5,9 por cento em outubro, com o número de desempregados a recuar para 329,1 mil.
Em relação a setembro, mês em que o nível de desemprego abrangia seis por cento da população ativa, a taxa de desemprego recuou 0,1 ponto percentual.
Com a melhoria no mercado de trabalho, a população desempregada recuou de 336,4 mil em setembro para 329,1 mil, o que representa uma diminuição quer em relação ao mês anterior (em 7,3 mil pessoas), quer em relação a três meses antes (em 4,0 mil pessoas), quer ainda em relação a outubro de 2024 (em 30,2 mil pessoas), indica o INE.
O INE revela ainda que as dormidas de não residentes voltaram a crescer em outubro após dois meses de decréscimo. Segundo as estatísticas, o setor do alojamento turístico registou 3,1 milhões de hóspedes e 7,7 milhões de dormidas em outubro, gerando 691,2 milhões de euros de proveitos totais e 521,5 milhões de euros de proveitos de aposento, correspondendo a subidas de 7,3 e 6,1 por cento face a outubro do ano anterior.
O crescimento do número de dormidas resultou tanto do aumento das dormidas de residentes, como das dormidas de não residentes.
Entre os dez principais mercados de origem dos turistas, destacaram-se, em outubro, os mercados canadiano, com um crescimento de 4,7 por cento, e espanhol, com uma subida de 2,4. Já os maiores decréscimos observaram-se nos mercados francês (-6,8 por cento) e dos Países Baixos (-6 por cento).
c/ Lusa