Investidores portugueses vão a Espanha aprender como apostar na produção de pistácio

por Lusa

Uma empresa de consultoria agrícola leva na terça-feira investidores portugueses a Espanha para conhecerem explorações locais de pistácio, um fruto seco que Portugal praticamente não produz, mas que por estar "na moda" tem uma elevada procura na União Europeia.

Defendendo que "o negócio do pistácio é muito atrativo porque é muito rentável e tem baixos custos de investimento e produção", a Espaço Visual aponta como objetivo "chegar em dois anos a mais de 3.000 hectares de produção de pistácio, hoje praticamente na estaca zero em Portugal".

O escoamento da produção, sustenta, está assegurado para os mercados da União Europeia, onde "a procura supera em muito a oferta" e "é necessário plantar 120 mil hectares para suprir as necessidades".

De acordo com o presidente executivo da consultora agrícola, José Martino, "o pistácio pode gerar um rendimento superior a 10 mil euros por hectare", o que justifica o "crescimento galopante" que este negócio está a ter em Espanha.

"A Espanha, mais concretamente a região de Castilla La Mancha, aumentou no último ano a superfície de pistácio em 1.500 hectares, chegando agora aos 10 mil, e fê-lo aumentando a sua produção em 25%", referiu.

"Este ritmo de crescimento -- salientou - não impediu que os preços ao produtor, pela sexta campanha consecutiva, tenham subido, consolidando-se num patamar entre os 4,5 e os 8,8 euros/kg de produto seco e descascado, um dos mais rentáveis do mercado hortofrutícola".

Segundo nota José Martino, na base do sucesso do negócio está o facto de os frutos secos estarem "na moda pelos benefícios que o seu consumo traz para a saúde", sendo que no caso específico do pistácio "os estudos que consolidam as suas qualidades cardiovasculares estão a fazer disparar o consumo anualmente".

 

 

Tópicos
pub