Investimento de 87 milhões de euros em 569 fogos a custos acessíveis na região Viseu Dão Lafões

por Lusa

Nove municípios da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões terão 569 fogos a custos acessíveis, um investimento de 87 milhões de euros a realizar no âmbito de um protocolo hoje assinado com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana.

"É muito trabalho que vamos ter de fazer juntos. Temos a meta de entregar estas casas em junho de 2026. Faltam pouco mais de dois anos, não vai ser fácil", admitiu o vogal da direção do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), Fernando Almeida, em Tondela, durante a sessão de assinatura do protocolo.

Segundo este responsável, "o dia de hoje é o resultado de seis ou sete meses" de trabalho, realizado com o intuito de permitir às pessoas do território da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões o acesso a casas a custos acessíveis.

Para já, o protocolo abrange nove dos 14 municípios da CIM -- com um investimento total de 87.215.091 euros para 569 fogos de tipologias T0 a T4 - mas outros poderão vir a aderir. Deste valor, 11.836.047 euros serão para aquisição dos imóveis e 75.379.043 para a intervenção.

Viseu, Tondela, Nelas, Carregal do Sal, São Pedro do Sul, Vouzela, Castro Daire, Oliveira de Frades e Sátão são os nove municípios que, para já, estão envolvidos nestes projetos.

O presidente da CIM e da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, frisou que o protocolo hoje assinado dá resposta a uma questão que preocupa muito os autarcas do interior do país: a coesão territorial.

Isto porque, para Fernando Ruas, "a melhor maneira de fixar pessoas é possibilitando-lhes habitação a custos acessíveis".

"Os municípios são apenas a entidade facilitadora, quem vai comprar os imóveis é o IHRU", explicou Fernando Ruas aos jornalistas, no final da sessão.

Em Viseu, ficarão disponíveis 85 fogos, que representam um investimento de 13,6 milhões de euros e dos quais a autarquia já tem um "levantamento exaustivo com prédios, fotografias e localização".

"O município forneceu todos os imóveis já com negociações feitas com os proprietários, isto é, já está tudo conversado. Fizemos levantamento dos imóveis, falámos com os proprietários e entregámos ao instituto", acrescentou.

Na sua opinião, "se esta operação for rápida e os proprietários avançarem rapidamente com os protocolos que assinaram", será possível cumprir o prazo de junho de 2026.

"No caso de Viseu, os prédios que indicámos são de reabilitação relativamente rápida. São prédios que podem ser facilmente requalificados e colocados à disposição das pessoas", contou.

Segundo Fernando Ruas, estes fogos situam-se mais na zona urbana do concelho de Viseu.

Para as zonas rurais, o município tem em curso um programa, com "perto de cem casas compradas", que visa "requalificar as aldeias a ajudar ao repovoamento", lembrou.

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