O secretário de Estado Adjunto da Energia defendeu hoje, em Lisboa, que o investimento nas renováveis, rumo à neutralidade carbónica, apesar de implicar custos, pode trazer "boas notícias" para os consumidores ao nível da fatura da energia.
"Esta estratégia [para a neutralidade carbónica], no caso português, implica duplicar a nossa capacidade renovável instalada. Estamos a falar de investimentos significativos que têm de ser acelerados", afirmou João Galamba, que falava na Cimeira Económica e Comercial Transatlântica, organizada pela Câmara do Comércio Americana em Portugal.
Assim, as políticas públicas postas em prática têm um duplo objetivo: cumprir as metas e possibilitar "excelentes notícias para os consumidores", tendo em conta que "as renováveis são a forma mais barata de produzir energia".
Segundo o governante, a estratégia rumo à neutralidade carbónica constitui um "enorme desafio" para o qual Portugal olha com "particular otimismo".
Durante a sua intervenção, Galamba considerou ainda que, "se a maioria dos países está comprometida com a descarbonização, Portugal está duplamente comprometido", encarando-a com entusiasmo, uma vez que se afigura como uma "oportunidade de desenvolvimento económico e tecnológico".
O secretário de Estado da Energia sublinhou também ser importante estabelecer parcerias internacionais no âmbito da energia, particularmente, com os Estados Unidos.
"Transformar alguns produtos em `commodities` mundiais só se fará, em particular, com os Estados Unidos", adiantou.
Já no que concerne às baterias, mercado "dominado em quase 90% pela China", João Galamba disse que a Europa e os Estados Unidos "têm que acelerar a sua presença".