Investir em formação e inovação para garantir Portugal no pelotão da frente da Europa

por Rui Sá, João Fernando Ramos

Uma Europa a duas velocidades é cada vez mais uma possibilidade e Portugal admite-o. António Costa afirmou esta quarta-feira que o país quer estar no pelotão da frente.
A capacidade de atrair investimento e com ele posicionar o país estrategicamente e fundamental para atingir o objetivo. No Jornal 2 Ricardo Valente, lembra a instalação, confirmada para este ano, no Porto do centro tecnológico da maior bolsa de valores do mundo, a Euronext, como um desses sinais.

A Comissão Europeia quer discutir o futuro. Apresentou um livro branco. Admite como caminhos uma federalização parcial, lembra a necessidade de aprofundamento do euro, exige finanças solidas.

Mário Centeno, que esta quarta-feira esteve em Lisboa com o seu homólogo francês Michel Sapin, garante Portugal cumpre e demonstrou-o este ano nas contas públicas.

O ministro das finanças francês elogia o desempenho do país e diz não ter dúvidas de que Portugal estará no grupo da frente dos paíse que vão moldar o futuro da União. O caminho o da inovação, e da busca pelo valor acrescentado nos produtos e serviços numa Europa que, para vencer, não se pode fechar ao mundo.

Numa infografia publicada pelo Jornal britânico The Independent, onde se destaca o que cada país faz melhor do que todos os outros, Portugal é referido pela Cortiça... Um negócio global de cerca de 1500 milhões de euros anuais que o nosso país domina em mais de 60%.

Mesmo nesta indústria tradicional a incorporação tecnológica é decisiva para a capacidade de manter a liderança.

"A nossa capacidade de inovar dentro daquilo que sabemos fazer bem é a nossa capacidade de vencer", afirma no Jornal 2 Ricardo Valente. Da Cortiça ao calçado, passando pelo agro alimentar, em especial os Vinhos, a receita segui o estipulado por um estudo com mais de vinte anos.

O trabalho de Michael Porter sobre a competitividade da economia portuguesa data de 1994. O trabalho defendia a aposta nos setores tradicionais, a sua modernização, o investimento em inovação. A receita continua a mostrar-se atual.

Portugal investe globalmente 1,3% do PIB em investigação e desenvolvimento. A meta 2%. Para este ano o governo anunciou nas discussões do orçamento um reforço de 60 milhões de euros.

Formação de recursos humanos... oferta de infraestruturas.

O Porto tem sido apontado como exemplo na área das novas tecnologias.

No Jornal 2 que lidera a equipa que está a atrair para Porto investimento na inovação lembra que a cidade, pela primeira vez, ultrapassou a capital como berço de startup's tecnológicas.

A ligação da Universidade ao mundo das empresas é fundamental, mas Ricardo Valente lembra que "temos qualidade intrínseca. A formação dos nossos recursos humanos começa a ter o reconhecimento internacional que merece". O responsável lembra que "um pequeno país como o nosso, com excelente qualidade de recursos e muito conhecimento de línguas, atrai o investimento estrangeiro. Aquilo que se passa no Porto, em Braga, em Aveiro, em Lisboa, mostra um país que está finalmente a ganhar capacidade competitiva"
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