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Japão atento ao impacto das tarifas dos EUA

por Lusa
O Japão está atento ao impacto das tarifas dos EUA na sua economia Allison Dinner - EPA

O ministro da Revitalização Económica e principal negociador do governo japonês em matéria de tarifas, Ryosei Akazawa, disse esta sexta-feira que Tóquio acompanhará de perto o impacto no PIB nipónico das regras comerciais que os Estados Unidos pretendem impor.

Embora as tarifas norte-americanas não tenham tido um impacto significativo no produto Interno bruto (PIB) atual, iremos acompanhar de perto a evolução da situação, com a máxima vigilância, realizando uma análise exaustiva das próximas estatísticas nacionais e internacionais”, afirmou Akazawa, numa conferência de imprensa após a divulgação dos dados macroeconómicos da quarta maior economia do mundo no primeiro trimestre do ano.

A economia do Japão encolheu pela primeira vez num ano, ilustrando a sua vulnerabilidade, mesmo antes de sofrer o impacto das medidas tarifárias do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O produto interno bruto (PIB) ajustado pela inflação registou uma contração de 0,7% nos primeiros três meses do ano, numa base anualizada, de acordo com um relatório do Governo nipónico divulgado hoje.

Akazawa, que deverá deslocar-se novamente na próxima semana aos Estados Unidos para uma terceira ronda de negociações pautais com os seus homólogos norte-americanos, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o Representante para o Comércio Jamieson Greer, acrescentou que o Japão mantém a sua posição relativamente a uma revisão completa dos direitos aduaneiros.

Tóquio assegurou que não concluirá qualquer acordo com Washington se não forem revistas todas as medidas, das quais pediu isenção, nomeadamente as relativas aos veículos automóveis, que representam cerca de 30% das exportações do Japão para os Estados Unidos, cujos direitos aduaneiros Washington pretende elevar de 2,5% para 27,5%.

A queda das exportações e o aumento das importações fizeram com que o comércio líquido do Japão pesasse sobre a economia nos primeiros três meses do ano, após um forte impulso no trimestre anterior.

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