Jorge Pinto aconselha Governo a ouvir trabalhadores sobre o pacote laboral

O candidato presidencial Jorge Pinto aconselhou hoje o Governo, no rescaldo da greve geral de quinta-feira, a ouvir os trabalhadores quando voltar a sentar-se à mesa com as centrais sindicais para debater o novo pacote laboral.

Lusa /

"Não é só falar, é falar e ouvir. O Governo não tem querido ouvir os trabalhadores e ontem continuou a não querer ouvir os trabalhadores quando o ministro Leitão Amaro disse que a adesão à greve foi inexpressiva", acrescentou o candidato apoiado pelo Livre, no Porto, à margem de um jantar com apoiantes.

Questionado sobre a possibilidade de um acordo, Jorge Pinto respondeu positivamente, mas lembrando que a UGT "foi muito clara quando disse que não exclui uma nova greve geral", frisando o candidato que o que está em casa "são ataques tremendos, como há décadas não via aos direitos dos trabalhadores e às suas famílias".

Criticando o Governo e a ministra do Trabalho que "não têm querido escutar os portugueses", o candidato defendeu que o Presidente da República "tem de estar ao lado dos portugueses e das portuguesas, tem de os ouvir".

"Ainda ninguém do Governo nos explicou os porquês desta urgência e os porquês destas alterações", continuou Jorge Pinto referindo-se às 100 medidas do Pacote Laboral da discórdia, recordando ser Portugal "o segundo país da Europa com mais trabalhadores precários".

A ministra do Trabalho convocou hoje a UGT para uma reunião na próxima terça-feira, tendo em vista continuar as negociações sobre o anteprojeto do Governo de reforma da legislação laboral, adiantou o ministério à agência Lusa.

"Apesar da realização da greve geral que interrompeu o processo negocial que estava em curso, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social convocou hoje, um dia a seguir à greve geral, a UGT para uma reunião na próxima terça-feira, às 17h, para prosseguir as negociações", revela a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, citada na nota do ministério enviada à Lusa.

A convocatória surge um dia depois da greve geral convocada pela CGTP e UGT contra as alterações à lei laboral propostas pelo Governo e que estão a ser discutidas em Concertação Social.

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