Líderes europeus vão pedir 31,3 MME ao Banco Europeu de Investimento para ajudar empresas
Paris, 04 Out (Lusa) - Os líderes europeus reunidos em Paris numa mini-cimeira acordaram "pedir ao Banco Europeu de Investimento (BEI) 25 mil milhões de libras" (31,5 mil milhões de euros) para ajudar as pequenas e médias empresas, declarou o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.
"Esta crise que veio da América afectou todas as empresas", sublinhou Brown no decorrer de uma conferência de imprensa no final da reunião entre o presidente francês, a chanceler alemã e os primeiros-ministros italiano e britânico.
"Pusemo-nos de acordo para pedir ao Banco Europeu de Investimento (BEI) que disponibilize 25 mil milhões de libras para financiar as pequenas empresas", disse Brown.
Antes da reunião, o Gordon Brown tinha anunciado que iria propor a criação de um fundo europeu de 15,3 mil milhões de euros para ajudar as pequenas empresas.
Também à saída do encontro, a chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu que cada país deve "assumir as suas responsabilidades ao nível nacional" face à crise dos bancos, mas sem colocar em causa os interesses dos outros Estados europeus.
Por sua vez, o anfitrião do encontro, o presidente francês Nicolas Sarkozy, apelou para que sejam revistas "o mais depressa possível" as regras do capitalismo financeiro.
No final da mini-cimeira, Nicolas Sarkozy defendeu que cada um destes países deve intervir nos casos de bancos em dificuldades, empenhando-se para que os "dirigentes que falharam sejam sancionados".
Por outro lado, a "Comissão Europeia deve fazer prova de flexibilidade na aplicação de regras em matérias de ajuda do Estado às empresas", seguindo os "princípios do Mercado Comum".
Perante a actual conjuntura económica, a "aplicação do pacto de estabilidade e de crescimento deve reflectir as circunstâncias excepcionais" que o mundo enfrenta, defende Nicolas Sarkozy.
No entanto, para Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogrupo, convidado a assistir à cimeira, o pacto deve ser respeitado na "sua integralidade".
Os receios de que os bancos não podem obter crédito para cobrir as suas dívidas fizeram descer em flecha o preço das acções das instituições bancárias e forçaram alguns governos europeus a salvar alguns dos grandes bancos: o britânico Bradford & Bingley, o belga e holandês Fortis, o belga Dexia e o alemão Hypo Real Estate.
A mini-cimeira dos quatro países europeus do G8 contou com a presença dos presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, e do Eurogrupo, Jean Claude-Juncker.
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