Lucro da Novabase sobe 76% no 1.º semestre para 4,9 ME
O resultado líquido da Novabase cresceu 76,3% no primeiro semestre, face aos primeiros seis meses de 2024, para 4,9 milhões de euros, divulgou hoje a tecnológica.
Este resultado foi impulsionado "pelo aumento do EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] e pela melhoria dos resultados financeiros, sobretudo devido a diferenças cambiais e ganhos na carteira de capital de risco", refere a tecnológica, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
No primeiro semestre, "foi reconhecido um ganho de 0,9 milhões de euros em operações descontinuadas, relativo ao `earn-out` da venda do negócio Neotalent, na sequência da conclusão bem sucedida do TSA (`Transitional Services Agreement`)".
Em igual período, o volume de negócios da empresa desceu 6% para 62,1 milhões de euros e o EBITDA subiu 36% para 7,1 milhões de euros.
Dois terços do volume de negócios do Next-Gen são gerados fora de Portugal. A Novabase adianta que os mercados-alvo Europa e Médio Oriente representam 94% do negócio internacional do Nex-Gen.
"O EBITDA total aumentou 36% e o resultado líquido das operações em continuação quase duplicou, apesar da quebra de 6% no volume de negócios", afirma o presidente executivo (CEO), Luís Paulo Salvado, citado no comunicado.
"No segmento Next-Gen, a margem EBITDA atingiu 13,2%, o valor mais elevado de sempre", refere o gestor.
A evolução do Net Cash "reflete o pagamento de 47 milhões de euros em dividendos, dos quais 14 milhões foram recebidos em espécie e reinvestidos na empresa através do aumento de capital associado", prossegue o presidente e CEO.
"As nossas operações no Médio Oriente foram negativamente impactadas pela evolução desfavorável da taxa de câmbio do dólar e pelo agravamento das tensões geopolíticas na região, contribuindo de forma relevante para a contração da atividade internacional", afirma.
Em contrapartida, "na Europa, as nossas ofertas no domínio do que chamamos Next Gen(eration) Intelligence têm suscitado um interesse crescente por parte dos principais operadores de telecomunicações", salienta o gestor.
Na sequência de "recentes vitórias comerciais, estamos já a trabalhar com alguns deles em projetos de vanguarda na área das Autonomous Networks", acrescenta.
"Dada a nossa experiência e especialização nas tecnologias fundacionais deste novo paradigma --- como `Data Science, Advanced Analytics e GenAI` --- estamos numa posição privilegiada para liderar o desenvolvimento de modelos de negócio mais autónomos, orientados por dados e inteligência artificial", sendo que "até ao final do ano, manteremos a aposta nas ofertas com mais potencial de crescimento, continuando a reposicionar o negócio para áreas de maior valor acrescentado", remata.