Lucros do Bankinter aumentam 11% até setembro para 812 milhões de euros

O banco Bankinter, presente em Portugal, teve lucros de 812 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, mais 11% do que no mesmo período de 2024, anunciou hoje o grupo financeiro espanhol.

Lusa /
Andrea Comas - Reuters

O resultado antes de pagar impostos ascendeu a 1.143 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 5,6% do que nos três primeiros trimestres de 2024, comunicou o Bankinter à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) de Espanha.

Em Portugal, onde o Bankinter está desde 2016, o resultado antes do pagamento de impostos nos três primeiros trimestres do ano foi de 157 milhões de euros, mais 2% do que nos mesmos meses de 2024.

Num comunicado, o banco realçou o crescimento em Portugal, que representa o segundo maior mercado para o Bankinter em volume de negócio (a seguir a Espanha), "mesmo após o impacto de maiores custos associados ao investimento em novos projetos e à nova distribuição dos custos de forma equilibrada ao longo de todos os trimestres do ano".

A carteira de crédito em Portugal alcançou os 11.000 milhões de euros no final de setembro, mais 11% do que um ano antes, e os recursos dos clientes ascenderam a 10.000 milhões de euros (mais 5%).

"No que respeita aos recursos geridos fora de balanço, incluindo os ativos sob custódia, o crescimento é bastante superior, de 23%, totalizando 11.000 milhões de euros, o que evidencia um forte dinamismo comercial e uma clara orientação para produtos de maior valor acrescentado", destacou o Bankinter em relação a Portugal, no mesmo comunicado.

Os "recursos geridos fora de balanço" referem-se a fundos de investimento, pensões ou gestão patrimonial.

Em termos globais, a margem bruta (que reflete o conjunto das receitas) do grupo Bankinter, que opera em Espanha, Irlanda e Portugal, aumentou 4,7% até setembro, para 2.251 milhões de euros.

O Bankinter realçou que "o crescimento dos volumes de negócio" contribuiu "para atenuar o impacto negativo da evolução das taxas de juro sobre a margem de juros [a diferença entre juros pagos e cobrados pelo banco], que registou uma queda homóloga de 3,5%, para 1.667 milhões de euros".

As comissões líquidas (a diferença entre as comissões cobradas e pagas pelo banco) atingiram os 577 milhões de euros, mais 10,6% do que nos primeiros nove meses de 2024.

A carteira de crédito alcançou 82.501 milhões de euros e cresceu 5,3% nos três primeiros trimestres de 2025, "acima da média do setor em todos os países em que o grupo está presente", em especial na Irlanda (mais 20%) e em Portugal (mais 11%), com a taxa de morosidade global (atrasos os incumprimentos no pagamento das prestações dos empréstimos) a situar-se nos 2,05%.

A rentabilidade sobre os capitais próprios (ROE) alcançou 18,2% (era 17,9% no final de 2024).

Os ativos totais do grupo Bankinter ascenderam a 128.702 milhões de euros no final de setembro (mais 8,7% do que um ano antes).

Os recursos dos clientes alcançaram 151.114 milhões de euros (mais 11% do que nos primeiros nove meses de 2024), com os recursos geridos fora de balanço a registarem "um crescimento recorde no setor" de 19,9%, ascendendo a 65.812 milhões de euros.

O Bankinter realçou que teve até setembro um "crescimento rentável" em "todo o tipo de atividades e em todas as geografias".

Espanha é o principal mercado do Bankinter, representando 87% do volume de negócio com clientes do banco.

Em 2024, o grupo Bankinter teve lucros de 953 milhões de euros, um aumento de 12,8% em relação a 2023 e um recorde na sua história.

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